Informar e disseminar o conhecimento sobre as deficiências ocultas é uma proposta da deputada Joana Darc (UB), que apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 542/2023, para implementação da criação da “Campanha de Conscientização do Cordão de Girassol”, por meio de palestras, cartazes e atividades educativas, para Pessoas com Deficiência (PCD).
O Cordão Girassol tem como principal objetivo auxiliar na identificação de pessoas com deficiências ocultas em grandes estabelecimentos. Ele é composto por uma faixa estreita verde e estampada com figuras de girassóis para sinalizar a preferência de atendimento e suporte diferenciado a indivíduos com deficiências.
Para Joana, a ideia vai além da identificação, pois ajuda a incentivar a sociedade no desenvolvimento de ações educativas para conscientização da acessibilidade PCD e, ainda, para ajudar a comunidade na prioridade de atendimento.
“Quando uma pessoa com o Cordão Girassol é identificada, as equipes de atendimento de aeroportos, estações, supermercados e outros tipos de estabelecimentos que trabalham com grandes públicos devem priorizar a assistência a esse cliente e seus acompanhantes. A sociedade precisa estar ciente da necessidade das pessoas com deficiência oculta”, disse a parlamentar.
Sobre as deficiências ocultas
São classificados como deficiências ocultas o autismo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), demência, Doença de Crohn, colite ulcerosa e fobias relacionadas a voos. As principais características dessas deficiências estão relacionadas à interação social, comunicação (verbal e não verbal), comportamentos restritivos e destemperos emocionais.
A iniciativa surgiu em Londres (Inglaterra), no ano de 2016, na qual funcionários do aeroporto Gatwick criaram e fizeram do Cordão de Girassol um símbolo de apoio para pessoas com necessidades ocultas. Entretanto, ainda é novidade na maior parte do Brasil.
“Precisamos conscientizar a população sobre o uso do cordão, pois, além de acolher e promover a inclusão das pessoas com deficiência, é uma forma de levar informações para a sociedade e a partir disso, diminuir o preconceito”, pontuou Joana.
Se aprovada e sancionada pelo Governo do Amazonas, as ações da campanha poderão ser ministradas nas unidades da Administração Pública direta e indireta, empresas concessionárias de serviços públicos e estabelecimentos privados, por profissionais das áreas de saúde, educação, assistência social e psicologia.