No estande, o público pode conhecer os resultados e produtos de projetos fomentados pelo Governo do Amazonas
Numa ação de popularização da ciência, os resultados de pesquisas apoiadas pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), assim como as ações realizadas pela instituição no fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) estão sendo apresentadas à sociedade na atividade “Fapeam na Feira – 20 anos”, que se iniciou ontem (09/08), e segue até o dia 13 de agosto, na VII Feira de Agronegócios da Nilton Lins, que ocorre na área externa da Universidade, no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus.
No estande da Fapeam, o público pode conhecer diferentes projetos científicos fomentados pela instituição, que são apresentados pelos pesquisadores, demonstrando-se na prática a importância da ciência e da tecnologia no cotidiano das pessoas.
A diretora técnico-científica da Fapeam, Márcia Irene Mavignier, destacou que a ação “Fapeam na Feira-20 anos” é uma atividade de popularização, que busca aproximar a ciência da população, por meio da divulgação de pesquisas fomentadas pelo Governo do Amazonas, em espaços populares, para disseminar a produção do conhecimento advindo de pesquisas de caráter científico, inovativo e de base tecnológica.
“Nesta atividade, a Fapeam traz fragmentos de projetos apoiados pela instituição para fazer uma demonstração dos resultados e mostrar para a população que ciência faz parte do dia a dia dela”, acrescentou.
Quem visitou o estande da Fapeam no primeiro dia do evento teve a oportunidade conhecer o projeto “Farinha com Novos Sabores”, que incrementou a tradicional farinha da ovinha do Uarini. Desenvolvido no âmbito do Programa Centelha I, o empreendimento aposta em produtos livres de impurezas, com até três texturas granulométricas (fina, média, grossa), enriquecidas por adição de compostos bioativos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e moduladoras do sistema imunológico (nutracêuticos).
Segundo o empreendedor e coordenador do projeto, Jhony Azevedo, uma variedade de sabores já está disponível no mercado entre as quais estão a Ovinha Cúrcuma (anti-inflamatório), a Ovinha Magra (baixo índice glicêmico), a Ovinha pirarucu de casaquinha (rica em Ômega 3 e vitaminas A e C), a Ovinha Castanha (rica em selênio), e tem até sabores doces como a de Brigadeiro com Farinha Ovinha.
“Creio que essas exposições em feiras e eventos ajudam a promover as inovações tecnológicas e a empresa. Também mostra à comunidade local que a nossa farinha está sendo conhecida nacionalmente. E sendo utilizada por vários chefes nacionais e até no exterior. Temos atuado para divulgar as tradições da cultura local de Uarini e região”, disse.
Agronegócio de citros
O estudo “Avaliação de novas combinações de copas/porta-enxertos, manejo fitossanitário e boas práticas de cultivo, em citros no Estado do Amazonas” também foi outra pesquisa apresentada no estande. Sob a coordenação do pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), José Ferreira, o trabalho foi realizado com apoio do Programa de Apoio à Consolidação das Instituições Estaduais de Ensino e/ou Pesquisa (Pró-Estado).
A pesquisa teve o objetivo de desenvolver, adaptar, e transferir tecnologias para o agronegócio de citros do Amazonas e contribuir para o aperfeiçoamento do processo produtivo, por meio da melhoria e conservação da fertilidade do solo.
Os resultados do projeto contribuíram para a geração de tecnologias, dispondo ao produtor coberturas vegetais que permitem uma boa conservação do solo, garantindo a sua preservação e melhorando sua fertilidade ao longo do tempo.
Robótica
Desenvolvido por estudantes do ensino médio, outro trabalho apresentado foi “Pensamento computacional com uso de arduíno”, coordenado pelo professor de Ciências Naturais Rennie Pantoja, da Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, localizada no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE), em 2022.
O projeto desenvolveu um modelo de carrinho acionado por controle remoto batizado pelos alunos de “Chappie”. O trabalho envolveu a criação do pensamento computacional, utilizando arduíno, e trabalhou na escola a linguagem de programação.
“Acredito que é muito valioso o trabalho feito pela Fapeam, porque apoia pesquisas na escola e nos permite fazer com que os alunos consigam ter essa percepção de como funciona uma atividade com metodologia científica”, declarou.
Programação
A Fapeam continua com estande na Feira de Agronegócios da Nilton Lins até dia 13 de agosto (domingo), das 18h às 20h. Diariamente, projetos em diferentes áreas, apoiados pela instituição no estado, serão expostos e apresentados pelos coordenadores das pesquisas.