Por Agência Amazonas
Soltura envolveu moradores da Comunidade São Sebastião do Corocoró
FOTOS: Divulgação/SemaMoradores da comunidade São Sebastião do Corocoró, na área de Proteção Ambiental (APA) Nhamundá, realizaram a soltura de 65.332 filhotes de quelônios. A soltura reuniu cerca de 30 comunitários, na última semana. Localizada no município de Nhamundá (a 383 quilômetros de Manaus), a área protegida é uma das 42 Unidades de Conservação (UC) gerenciadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
A soltura ocorreu na Ilha da Coroa, na sexta-feira (17/02). Esta é a última etapa de um trabalho que começou em setembro de 2022. Na oportunidade, os comunitários fazem a coleta dos ovos nas praias, campinas e barrancos.
Durante o processo, os ovos são transferidos para uma estrutura conhecida como “chocadeira”, que reproduz o habitat natural dos animais. Lá eles ficam até a sua eclosão.
Após o nascimento, os filhotes são realocados em tanques, onde permanecem até atingirem um tamanho ideal para serem soltos na natureza em segurança.
O trabalho de conservação de quelônios é feito há 15 anos na APA Nhamundá. O gestor da UC, Cristiano Gonçalves, destaca o caráter coletivo da atividade.
“Esse é um trabalho participativo, que envolve os comunitários em todas as etapas. É um trabalho que tem o envolvimento de todos para promover o aumento das populações de quelônios e ainda favorecer a conservação de outras espécies que integram aquele ambiente”, ressaltou.
FOTOS: Divulgação/SemaA técnica da Sema, Deliana Vidal, que também atua na APA, ressalta a importância do trabalho. “A atividade tem o objetivo de garantir a sobrevivência de mais quelônios na natureza, o que em condições normais seria bem menor, por conta das ameaças naturais e também pela caça predatória”, informou.
A soltura de quelônios na APA Nhamundá foi realizada com apoio da Sema, da Prefeitura de Nhamundá, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Fazenda Amazônia Eco Timber, Cia Norte de Navegações , SC Transporte, da Associação Corocoró Ambiental e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio do Projeto Pé-de-Pincha.