Alcançando diferentes gerações, o festival apresenta danças folclóricas no Povos da Amazônia e os bumbás de Manaus, no Sambódromo. A programação segue até o dia 29 de julho, com entrada gratuita
Manifestações culturais, enraizadas no folclore, ultrapassam gerações e representam a essência do Festival Folclórico do Amazonas. Rico na diversidade, a atração promovida pelo Governo do Estado perdura há 65 anos com um formato democrático e popular, fomentando grupos folclóricos nas comunidades e bairros de Manaus. Ao longo do tempo, muitos deles passaram por alterações, ganharam novas formações, gestões, mas sem perder a essência.
Ainda na década de 70, as apresentações do festival folclórico migraram para diferentes locações: estádios Ismael Benigno (Colina), Parque Amazonense, Vivaldo Lima (Vivaldão) até chegar em 1979, na denominada “Bola da Suframa”. Posteriormente, o festival retornou ao Vivaldão, ocupou o Sambódromo e, em 2007, com a inauguração do Centro Cultural Povos da Amazônia (CCPA), na antiga Bola da Suframa, as agremiações voltaram a se apresentar no local.
O processo foi de adaptação para muitos grupos folclóricos. Um deles, “Marupiaras do Amazonas”, integrante da Categoria Ouro do Festival Folclórico de Amazonas, soma mais de quatro décadas de formação.
O desafio de colocar a quadrilha para dançar reflete a relação de amor à cultura e à comunidade da fundadora e presidente, Margareth Soutelo, a “Magá”.
“Dançamos no General Osório, no Nacional, e em vários outros locais. Lembro de muitas vezes ter dançado no tablado da Bola da Suframa, um tabladão de madeira que as pessoas batiam muito com os pés, fazendo um barulhão”, recorda Magá, que hoje se orgulha da estrutura do atual espaço destinado às apresentações. “Os quadrilheiros, quando vêm de fora, fazem questão de conhecer pessoalmente o Povos da Amazônia. Sinal que o nosso local é bom”, disse a fundadora.
A quadrilha passa por várias gerações e concentra mais de 10 integrantes de uma mesma família. Elson Rocha assume