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Por Agência Amazonas
Um dos maiores sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais do mundo, programa reestrutura antigo Bolsa Floresta
FOTOS: Bruno Zanardo e Arthur Castro/SecomO governador Wilson Lima lançou, nesta quinta-feira (17/03), o programa Guardiões da Floresta, uma reestruturação do antigo Bolsa Floresta que, agora, passa a ser administrado pelo Estado. Com a ampliação da remuneração para 14 mil famílias de 28 Unidades de Conservação Estaduais (UCs), a iniciativa se configura como um dos maiores sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) do mundo.
O lançamento ocorreu durante abertura da 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force), a primeira edição presencial do evento após dois anos de pandemia, no Centro de Convenções do Amazonas – Vasco Vasques, zona centro-sul de Manaus.
“Esse programa é destinado para aquelas pessoas que moram em áreas e reservas de desenvolvimento sustentável, que trabalham com o manejo do pirarucu, com o manejo do quelônio e com o manejo florestal. São pessoas que desenvolvem de forma sustentável e respeitam o meio ambiente, que utilizam dessa riqueza para sustentar suas famílias”, afirmou Wilson Lima.
Entre as principais novidades do programa, está o aumento em 100% do valor da remuneração paga às famílias que vivem nas UCs. A bolsa sairá de R$ 50 para R$ 100. Também houve a ampliação em 50,5% da quantidade de famílias beneficiadas, passando de 9.400 para 14.150 beneficiários. “Isso dá uma ajuda muito grande, é uma ajuda muito significativa para essas pessoas. Essas, sim, estão protegendo as florestas”, acrescentou o governador.
Além disso, o programa Guardiões da Floresta amplia a abrangência do PSA: de 16 Unidades de Conservação inicialmente beneficiadas, a nova iniciativa passa a atender comunidades ribeirinhas, tradicionais e indígenas de 28 UCs e áreas de entorno.
Reconhecimento – Para o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, a ideia é que a reformulação do programa faça com que essas famílias sejam reconhecidas pelo importante papel na conservação ambiental.
FOTOS: Bruno Zanardo e Arthur Castro/SecomFOTOS: Bruno Zanardo e Arthur Castro/Secom“As Unidades de Conservação Estaduais são as que têm menos pressão no desmatamento, quando você compara com outras áreas, e isso graças às diversas estratégias que essas comunidades têm de produzir, compatibilizando a produção com o cuidado com a floresta. São os verdadeiros guardiões da floresta, por isso que o nome do programa é rebatizado para Guardiões da Floresta, por entender e reconhecer esse importante papel dessas comunidades”, explicou Eduardo.
UCs beneficiadas – A partir da contratação da instituição executora, as famílias das UCs serão contempladas em quatro lotes distintos. O primeiro é composto pelas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amanã, Cujubim, Mamirauá e Uacari. As Reservas Extrativistas (Resex) Catuá-Ipixuna e do Rio Gregório também compõem este primeiro grupo.
O segundo lote abrange a Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Negro Aturiá/Apuauzinho, Floresta Canutama, Floresta Tapauá, Resex Canutama e as RDSs Piagaçu-Purus, Puranga Conquista, Rio Negro e Uatumã. O grupo três é composto pelas Florestas de Maués e do Urubu, além das RDSs Amapá, Canumã, do Juma, Igapó-Açu e Rio Madeira.
No quarto e último lote está o Mosaico do Apuí, onde a proposta é apoiar famílias da região do entorno do Mosaico, que sofrem com o avanço do desmatamento e queimadas ilegais em propriedades rurais, assim como a grilagem de terras.
Durante a abertura do encontro do GCF, foi assinado o edital de seleção para Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que possam implementar e executar o programa Guardiões da Floresta, sob a coordenação da Sema.