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Por Ivo Pereira
O Dia Mundial da doença de Chagas é comemorado nesta quinta-feira, 14 de abril
FOTOS: Natanael Maricaua/FVS-RCPComemorando o Dia Mundial da Doença de chagas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), alerta para prevenção contra a doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
Em maio de 2019, foi aprovado, em assembleia mundial da saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), o dia 14 de abril como o Dia Mundial da Doença de Chagas. A conscientização da doença visa aprimorar as taxas de tratamento e curas precoces, juntamente com a interrupção de sua transmissão.
Segundo o diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros, o Dia Mundial da Doença de Chagas ajuda a população na conscientização sobre a doença para evitar que ela seja negligenciada. “Não existe uma vacina para a doença, mas existem medicamentos para combatê-la. Quanto mais cedo for o diagnóstico e o quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura do paciente”, destaca Daniel.
O chefe do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, destaca que a transmissão da Doença de Chagas é feita pelo contato de fezes e urina contaminadas do “barbeiro”. No Amazonas, no entanto, a maioria dos casos acontece pela ingestão de alimentos contaminados, durante a preparação de sucos de frutos de palmeiras, como o açaí e bacaba.
A Doença de Chagas pode apresentar duas fases, aguda e crônica. “Na fase aguda, os sintomas são: febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza e inchaço no rosto e pernas. Na fase aguda, caso a pessoa não receba tratamento oportuno, ela desenvolve a fase crônica da doença, podendo apresentar complicações como problemas cardíaco”, ressalta Elder.
Cenário – Em 2021, foram notificados 76 casos de Doença de Chagas no Amazonas. Em 2022, de janeiro a março, 12 casos de Doença de Chagas notificados. Este ano, os casos notificados foram registrados no município de Barcelos (4), Lábrea (3), Manaus (2), São Paulo de Olivença (1), Uarini (1) e em Carauari (1).
Prevenção – É importante evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias, por meio da aplicação de inseticidas residuais, realizada por equipe técnica habilitada. Em áreas rurais, onde os insetos possam ser atraídos por iluminação artificial, favorecendo a entrada nas casas voando pelas aberturas ou frestas, recomenda-se o uso de mosquiteiros ou telas de proteção em portas e janelas.
É recomendado usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas em áreas de mata. Para prevenir a transmissão oral, devem ser intensificadas as ações de vigilância sanitária e inspeção, especialmente atenção ao local de manipulação de alimentos.
Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas e atua no monitoramento de doenças no estado, o que inclui a Doença de Chagas por meio do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA).
A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. O contato telefônico da FVS-RCP é o (92) 3182-8510.