Ação do TRT-11 reuniu parceiros que lutam pelo enfrentamento do tema
O Largo de São Sebastião foi palco de uma ação do Tribunal Regional do Trabalho da 11a Região (AM/RR) contra o trabalho infantil. O panfletaço aconteceu na última quarta-feira (15/6) e chamou atenção da população para esta prática ainda muito presente em nossa sociedade.
O evento foi conduzido pelos gestores regionais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-11, desembargadora Joicilene Jeronimo Portela e juiz Igo Zany Nunes Correa. A ação contou com a presença da rede de apoio de enfrentamento ao trabalho infantil: Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalho do Adolescente no Amazonas (Fepeti/AM), Conselho Tutelar da Zona Sul, Delegacia Regional do Trabalho, Secretaria de Assistência Social (SEAS), Ministério Público do Estado (MPE), Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) entre outros parceiros. Também estiveram presentes a Amatra XI, a Escola Judicial do TRT-11 (Ejud11), magistrados e servidores do Regional.
Aumento da prática durante a pandemia
A desembargadora Joicilene Portela abriu o evento, dando boas vindas a todos e citando que o evento faz parte das ações em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho infantil. “Nos últimos dois anos, o cenário foi marcado por uma pandemia que agravou, ainda mais, a situação de pobreza de milhões de pessoas”, declarou. Ela também destacou que a Justiça do Trabalho é o ramo do Poder Judiciário ligado à Justiça Social, tendo, portanto, a função de informar e conscientizar a sociedade sobre os malefícios do trabalho infantil. “Devemos ser voz e verbo no combate a essa chaga social que destróis infâncias e roubas sonhos. É preciso agir agora. Não podemos ficar calados enquanto uma nova geração de crianças é colocada em risco. Este é um momento de compromisso e energia renovados para reverter essa situação e quebrar o ciclo da pobreza e do trabalho infantil”, afirmou a desembargadora gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil.
Em breves palavras, o diretor da Ejud11, desembargador Audaliphal da Silva, evocou a professora Creuza Barbosa, referência no combate ao trabalho infantil no Amazonas e quem iniciou toda a luta pela erradicação desta prática muito comum em nosso Estado.
O juiz do trabalho Igo Zany conclamou a todos a seguirem na luta pela erradicação do trabalho infantil: “O Tribunal abre as portas para discutir este problema social. Nós temos um compromisso de acabar com o trabalho infantil até 2025 e sabemos édifícil pelo contexto econômico e social. Falta de um olhar atento das autoridades para as leis que protegem as nossas crianças e adolescentes, para a lei de aprendizagem. É importante estamos aqui hoje somando esforços para o enfrentamento do trabalho infantil”.
Para o diretor do Fepeti/AM, Tommaso Lombardi, a meta para erradicar o trabalho infantil parece impossível, mas não se deve perder as esperanças, e sim seguir com as acoes de enfrentamento. “O Fepeti vem junto com outras organizações governamentais e não governamentais unindo esforços para prevenir e tentar erradicar o trabalho infantil. Todos nós juntos podemos fazer, sim, muita coisa, começando pela denúncia. Muitas vezes a denúncia traz dignidade e visibilidade àquela criança e adolescente que está em situação de trabalho infantil e não consegue sair dela. A denúncia pode salvar vidas”, explicou.
Encerrando os discursos, o jovem Jhoseph Duarte da Silva, do Projeto Embaixadores Jovens, da associação O Pequeno Nazareno, deu um breve testemunho. Antes de iniciar o panfletaço no Largo e arredores, a ação recebeu a benção do Frei Paulo Xavier, da congregação dos Franciscanos.
Acesse a galeria de fotos do evento:
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ASCOM/TRT11
Texto: Martha Arruda
Arte: Renard Batista
Foto: Koynov
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