Com mais de R$ 75 milhões injetados em recursos, obra é considerada o maior investimento em infraestrutura da localidade
FOTOS: Tácio Melo/SecomCom mais de R$ 75 milhões investidos, o Governo do Amazonas inaugurou, nesta quinta-feira (22/09), o Anel Viário de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), uma obra que contempla 11,58 quilômetros de vias interligando a cidade de Porto Velho (RO), por meio da BR-319, ao porto graneleiro da cidade. Melhorando o escoamento da produção agrícola, principalmente da soja, a intervenção é considerada o maior investimento em infraestrutura do município.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra), a obra chamada de “cinturão da soja” contempla a construção de pistas de rolamento com 10 metros em mão dupla com 1,5 metro de acostamento, além da construção de uma ponte de 20 metros. As vias também foram pavimentadas e contam com sinalização vertical e horizontal, seguindo o padrão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
“O objetivo mais importante é o desenvolvimento da região de Humaitá, o desenvolvimento agrícola, porque nós estamos transferindo os veículos da BR-319, da BR-230 (Transamazônica), que passam por dentro da cidade e estão sendo agora desviados para os portos graneleiros. É uma obra de infraestrutura, mobilidade, uma obra que vai aumentar a produção rural, uma obra de desenvolvimento, uma das mais importantes obras do estado do Amazonas”, destacou Carlos Henrique Lima, titular da Seinfra, acrescentando que a obra iniciou no final de 2018 e gerou 493 empregos.
O prefeito de Humaitá, Dedei Lobo, ressaltou que a magnitude do Anel Viário de Humaitá supera estados vizinhos no quesito de infraestrutura voltada para o setor primário. Com o desenvolvimento da fronteira agrícola, ele afirma que o agronegócio se torna uma realidade para o Amazonas.
“Muda tudo, mudam os investimentos, os investidores estão chegando. Aqui temos portos e (a obra) está ligando aos portos para o transporte de soja, de grãos e cereais, cargas e descargas e mercadorias que vão para a Zona Franca de Manaus, e na volta vão para o Sul e o Sudeste. É um anel viário que tem um alcance muito grande na economia do Amazonas”, afirmou o prefeito.
Economia
Além da produção da soja, o Anel Viário de Humaitá beneficiará diretamente outras cadeias produtivas, como a agropecuária e a indústria da criação de peixes já existentes no município, inclusive oriundos de Manaus. O comércio no município também deve ser favorecido ao atrair clientes que utilizarão o “cinturão da soja” como principal trajeto.
A produtora rural e empresária, Eliete Moreira, de 45 anos, possui um restaurante em Humaitá. Ela afirma que a intervenção será um desafogo para diversos trabalhadores que vivenciavam a dificuldade de trafegar pelo local.
“O Anel Viário veio trazer bastante benefício para o município, para a questão do desenvolvimento, não só para os produtores locais como para os comerciantes, para os carreteiros que vêm aqui, mas vão consumir na cidade, e acreditamos muito no agro que está chegando na nossa cidade”, declarou.
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