Por Agência Amazonas
Mais de 30 comunidades participam de acordo, que visa proteger recursos pesqueiros da região da pesca predatória
FOTO: Divulgação/IdamCom o objetivo de apoiar o desenvolvimento e bem-estar das comunidades da região do Paraná, em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam) se reúne, neste sábado (19/11), com representantes de cerca de 30 comunidades para debater avanços sobre o ordenamento pesqueiro na região.
“Esta é a sexta reunião que estamos fazendo para a construção de um acordo de pesca. Nosso objetivo é reduzir a exploração predatória dos recursos pesqueiros na região e permitir o crescimento das populações de peixes. É algo que pode beneficiar os comunitários com resultados rápidos, à medida que os peixes voltam a povoar os lagos e temos espécimes cada vez maiores”, explicou Tiago Mourão, engenheiro de pesca do Idam.
Ainda segundo ele, o ordenamento pesqueiro é baseado no que as comunidades envolvidas decidem, sendo necessárias várias reuniões para assegurar a unanimidade de um acordo que trará benefícios para os moradores da região e assegurará o desenvolvimento sustentável.
A participação do Idam consiste em fornecer apoio técnico solicitado pelos comunitários. Para contribuir com a reunião, foram convidados também representantes de diversos outros órgãos, entre estes as secretarias de Estado da Produção Rural (Sepror) e do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Prefeitura Municipal de Parintins.
Ordenamento pesqueiro
Por meio da Gerência de Apoio à Aquicultura e Pesca, o Idam passou a desenvolver um estudo que orienta a criação de um Acordo de Pesca, que vai proteger as espécies e ordenar a atividade pesqueira, dando tempo para a recuperação dos estoques naturais. É o que explica a engenheira de pesca do Idam, Alcelene Salerno.
“É urgente a necessidade de proteção dos recursos naturais existentes na região, entre eles os peixes. Espécies que eram muito abundantes, como o mapará e o pirarucu, hoje já não são tão fáceis de encontrar. Nem mesmo o defeso permanente do pirarucu tem protegido essa espécie, por não termos uma área específica para a pesca manejada no município”, enfatizou.