O novo bloqueio de verbas do Ministério da Educação (MEC) nos orçamentos das universidades vai atingir em cheio as contas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Em nota oficial divulgada na manhã desta terça-feira (06/12), a reitoria informa que estão sendo realizadas “tratativas contábeis e financeiras com o objetivo de reduzir os impactos à comunidade acadêmica e assegurar os contratos essenciais tais como segurança, limpeza, conservação, manutenção, apoio administrativos e restaurantes universitários, garantindo assim, o pleno funcionamento da instituição e o encerramento do exercício financeiro de 2022”.
Bloqueio de mais de R$ 6,2 milhões
Ainda segundo a nota oficial, a UFAM recebeu a notícia do corte no orçamento no último dia 28 de novembro deste ano, por meio de notificação enviada pelo MEC. No documento, a informação referente ao bloqueio orçamentário no valor de R$ 6.221,632,02 das despesas discricionárias (despesas de custeio).
Auxílios aos alunos estão mantidos
É importante destacar que, mesmo com o bloqueio, estão preservados os pagamentos dos auxílios acadêmicos aos alunos em situação de vulnerabilidade social.
“Oportunamente, a Universidade Federal do Amazonas pleiteará junto ao MEC a recomposição orçamentária para garantir a integralidade dos seus contratos, assim que forem abertas as negociações entre as equipes técnicas do Governo Federal e da Ufam”, encerra a nota.
Lutando por todos
O reitor da UFAM, Sylvio Puga, afirmou que a equipe da instituição está lutando no coletivo por meio da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), pelo desbloqueio acumulado este ano de todas as universidades e institutos federais do país.
Total foi de R$ 344 milhões
De acordo com o site da ANDIFES, o governo federal bloqueou um total de R$ 344 milhões em recursos das universidades federais, seis horas após o MEC liberar o uso da verba. “Em 28 de novembro, durante o jogo da seleção brasileira, o governo federal informou bloqueio de R$ 1,4 bilhão na Educação, sendo que deste valor, R$ 344 milhões seriam retirados das contas das universidades”, informa a instituição.
Impacto zero na UEA
Também por meio de nota oficial, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) informa que a instituição “não é afetada, diretamente, pelos cortes anunciados no MEC, visto que os recursos destinados à universidade serem advindos do que é arrecadado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse valor é equivalente a 1% do que é gerado pelas fábricas instaladas na capital”.
Em solidariedade
“A UEA solidariza-se com as universidades federais diante do bloqueio de recursos voltados à educação. Lamenta que isso ocorra, pois as universidades são molas propulsoras de conhecimento e desencadeadoras de desenvolvimentos sociais e econômicos do Brasil. Além disso, em um dos momentos mais delicados do nosso milênio, diante da pandemia da Covid-19, solidificou e renovou os votos da ciência”, encerra a nota.