A vereadora Thaysa Lippy (PP) apresentou Projeto de Lei (PL) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), propondo que o teste de triagem neonatal, popularmente conhecido como teste do pezinho, seja realizado de forma ampliada para todas as nascidas nos hospitais públicos do município. O objetivo da proposta é cobrir prioritariamente as doenças cuja descoberta precoce melhora o prognóstico de tratamento. “Esse teste consiste na coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido com a finalidade de detectar precocemente diversas doenças raras. Nossa proposta é ampliar a quantidade de doenças detectadas pelo mesmo exame”, justifica a vereadora, sobre o projeto.Thaysa Lippy explica que, atualmente, a triagem neonatal oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é capaz de detectar apenas seis doenças: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; doenças falciformes e outras hemoglobinopatias; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita; e deficiência de biotinidase. Já a versão ampliada, que está disponível na rede rede particular, consegue diagnosticar até 53 doenças.
Pelo projeto apresentado pela vereadora, toda criança nascida nos hospitais, maternidades e demais estabelecimentos de atenção à saúde da rede pública do município de Manaus, terá direito ao teste, na modalidade ampliada, com o propósito de tornar possível o diagnóstico precoce de, pelo menos, 30 doenças, evitando problemas futuros para as crianças e aos familiares, além de despesas com medicamentos, tratamentos e hospitalizações.
Também no PL, Thaysa Lippy propõe que sejam ofertados exames para diagnóstico de minoacidopatias, distúrbios dos ácidos orgânicos, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos, distúrbios do ciclo da ureia, galactosemia, Galactosemia (GAL) e Galactose- 1- fosfato (Gal-1-P)x e deficiência de G6PD ; Glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD).
No País, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Bahia são algumas dos locais que disponibilizam o teste na versão ampliada. “Com a ampliação do teste do pezinho, os índices de mortalidade infantil poderão diminuir e os custos com saúde também poderão ser minimizados, uma vez que, com o diagnóstico precoce, a doença rara tem um tratamento mais eficiente e garante melhor qualidade de vida do paciente e dos seus familiares”, defende a parlamentar.Thaysa destaca ainda que milhões de crianças nascem anualmente no Brasil sem ter acesso a essa triagem expandida. Segundo ela, a diferença da triagem da rede pública para a rede privada reflete a desigualdade de acesso à saúde em nosso País.
Texto: Audrey Bezerra – Assessoria de Comunicação da vereadora
Foto: Robervaldo Rocha – Dircom/CMM