Com promessas de oportunidades de trabalho, homens e mulheres de todas as idades veem seus sonhos serem substituídos por trabalho forçado, exploração sexual e até remoção de órgãos. A ONG é especializada em resgatar pessoas em invasões, bordéis e outros estabelecimentos de trabalho sexual.
Há 57 minutos
Por Agência Amazonas
Com o intuito de combater o tráfico de pessoas no Amazonas, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), em parceria com a organização não governamental (ONG) internacional The Exodus Road, está capacitando policiais civis do estado para atuar em situações desta natureza. As qualificações começaram em julho.
“O curso é realizado em várias dinâmicas. O primeiro módulo são vários vídeos e exercícios, onde eles recebem informações de modalidades de tráfico humano no mundo todo. Ao completar essa fase, ele recebe o certificado e, assim, eles podem acessar os outros módulos e dar continuidade ao treinamento”, explicou.
De acordo com o gestor de capacitação da Polícia Civil, Fabiano Barroso, os policiais civis estão recebendo treinamento on-line, por meio da plataforma digital TraffickWatch Academy. O curso inclui os módulos de Introdução ao Tráfico Humano Global e Tráfico Humano no Brasil.
The Exodus Road
A ONG trabalha com os “Mercenários da Esperança”, agentes disfarçados que atuam se passando por clientes em casas de prostituição para identificar as vítimas que são mantidas em cárcere contra a sua vontade. Eles planejam, com o apoio policial, uma operação para identificar e prender os criminosos.
O gestor ressalta a importância do curso para os policiais. “No estado do Amazonas você não escuta e não vê falando sobre essa modalidade. Mas o fato de você não ouvir a nomenclatura ‘tráfico humano’, não significa que não aconteça. Infelizmente acontece muito. Então é importante nós capacitarmos os nossos servidores, para que eles possam atuar com mais afinidade nesse tipo de crime”, disse o gestor.
As equipes de busca e resgate da The Exodus Road são compostas por agentes treinados que reúnem evidências de tráfico de pessoas e facilitam missões de resgate com a polícia local. As equipes também incluem assistentes sociais, que prestam atendimento imediato aos sobreviventes durante um resgate.