Após onda de ataques criminosos em Manaus e municípios do interior registrados neste final de semana, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) propôs que as Forças Armadas, Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e Polícia Federal trabalhem em conjunto no combate ao tráfico de drogas na fronteira do Amazonas.
“Todos nós sabemos por onde entra a droga no Brasil. Ela entra pela tríplice fronteira – Brasil, Colômbia e Peru – pelo Rio Solimões, onde a ausência do Estado se faz sentir. Nós, pelo que vemos, estamos sem serviço de inteligência, o governo brasileiro e o governo amazonense estão levando bola na costa. É necessário desarmarmos os espíritos, deixarmos batalhas partidárias ou eleitorais de lado e as forças de segurança sentarem, conversarem, dialogarem e não abrindo mão de ninguém, e aí tem que entrar Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros”, disse Serafim durante discurso na sessão plenária desta terça-feira (8).
Para Serafim, o combate às rotas de tráfico na fronteira passa, primeiramente, pela necessidade do serviço de inteligência, e com a integração entre as forças estaduais e federais.
“Não pode um ter a informação e escondê-la do outro. Essa informação tem que ser compartilhada e é preciso a presença do Estado Brasileiro. Eu me pergunto o que fazem os 200 mil fuzileiros navais no Rio de Janeiro. Eles vão defender o Rio de Janeiro de quê? De nada, ninguém vai atacar o Rio de Janeiro. Mas, o Brasil está sendo atacado pela fronteira fluvial no Rio Solimões, no Rio Javari”, questionou Serafim.
“Por que não transferir unidades da Marinha do Brasil, incluindo equipamentos, para a nossa fronteira com Colômbia e Peru? Será que isso não seria mais eficaz e não haveria um suporte à Polícia Federal. Ali, onde já temos a presença do Exército, precisamos ter o apoio da Marinha para obstruir a entrada da droga”, complementou o deputado.
Em aparte a Serafim, o deputado estadual Adjuto Afonso defendeu que é necessário reprimir o tráfico de drogas com auxílio do governo federal e das forças estaduais. “Quanto mais tivermos polícia, melhor. Mas não adianta não termos forças de repressão nessas fronteiras, caso contrário, estaremos enxugando gelo, porque o rio Madeira e o rio Purus, além do rio Solimões, também são rota do tráfico”, observou o parlamentar.
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