A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Diretoria de Assistência Social e da Comissão de Assistência Social e Trabalho, presidida pela deputada estadual Nejmi Aziz (PSD), realizou nesta segunda-feira (17), a abertura da Semana Estadual de Assistência Social, em homenagem ao dia do/a Assistente Social, comemorado em 15 de maio. Por conta de doença na família, Nejmi Aziz não pode comparecer à abertura e foi substituída pelo deputado Dr. Gomes (PSC), que leu carta enviada pela deputada para o evento, dando a notícia de que propôs um Projeto de Lei (PL) que institui o piso salarial da categoria no Amazonas no valor de R$ 5.500.
Após a abertura, a assistente social Laudenize Oliveira, secretária-adjunta de Estado de Assistência Social, afirmou que os desafios da categoria na atualidade são ainda maiores. “Romper com o assistencialismo, nos reinventar como fazer nosso trabalho, acolhendo o indivíduo, buscar a socialização, trabalhar o luto, nosso papel como assistentes sociais é desafiador”, disse.
Laurisana Maria Branco Camargo, presidente do Conselho Regional de Serviço Social (Cress), lembrou os 25 anos do Código de Ética da categoria e afirmou que isso só foi possível por causa da democracia. “Quero parabenizar os profissionais de serviço social que estão fortalecendo as Políticas Públicas tão necessárias nesse momento de pandemia. É importante ressaltarmos que os assistentes sociais sempre estiveram na linha de frente trabalhando os problemas sociais do país”, declarou.
Ana Paula Soares, presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Amazonas, afirmou que a Assembleia Legislativa é o início de uma mudança para uma sociedade mais justa, pois é na Casa que se elaboram as leis. “A pauta do piso salarial é muito importante para nós, precisamos discutir as necessidades da categoria”, afirmou.
Pandemia é crise social e econômica
Graça Prola, subsecretária municipal de Políticas Afirmativas para as Mulheres e Direitos Humanos, lembrou que esta segunda-feira (17) é o Dia internacional de combate à LGBTfobia e que, ano passado, ocorreram 12 assassinatos de pessoas LGBT. “A pandemia não é apenas uma crise de saúde pública, mas uma crise social e econômica, com o aumento da violência doméstica e familiar. O número de casos de feminicídio no Amazonas cresceu mais de 14%”, afirmou.
Palestra
A professora Iraildes Caldas Torres, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia, ao final da abertura dos trabalhos, ministrou a palestra “Desemprego Estrutural de Assistentes Sociais”. De acordo com ela, o Brasil viveu um período de explosão de empregos na década 1930. Entretanto, o desemprego voltou a fazer parte do dia a dia do país a partir dos anos 1970.
“O desemprego é parte integrante do processo de desenvolvimento das nações, por isso ele é estrutural. Há dois fatores que explicam o desemprego: as novas tecnologias e as modificações das trocas internacionais, e o segundo refere-se às questões internas desse trabalho, como qualificação de mão de obra, custos do contrato de trabalho e a proteção social trabalhista”, declarou.
Participaram ainda do evento o médico Arnoldo Andrade, diretor de Saúde da Aleam; Ediane Sales Venância, secretária-adjunta do Fundo de Proteção Ambiental, e Jandira Moura, diretora de Assistência Social da Aleam.
LGBTfobia
LGBTfobia é um conceito que abrange diversas formas de agredir pessoas que não são heterossexuais ou cisgêneras, seja verbalmente, fisicamente ou psicologicamente. Ao contrário ao que muitos pensam, as atitudes LGBTfóbicas não se limitam a violências verbais ou físicas.
Diretoria de Comunicação da Aleam