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Por Agência Amazonas
O anúncio pelo governador Wilson Lima do concurso público com 2,5 mil vagas para os órgãos do sistema estadual de segurança alimentou a curiosidade sobre as profissões do setor que serão preenchidas com o certame. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) inicia série de reportagens falando sobre o escrivão de Polícia Civil, profissional que exerce trabalho vital no dia a dia das delegacias.
O escrivão é responsável pelo acompanhamento de inquéritos policiais, observando todas as etapas da investigação, da coleta das primeiras provas e relatos até a conclusão das investigações e encaminhamento do inquérito para a Justiça. O profissional está abaixo do delegado e exerce trabalho burocrático, sendo responsável por anotações em livros oficiais e o registro de indiciamentos, prisões em flagrante e recolhimento de fianças.
No Amazonas, a Polícia Civil possui 370 escrivães, sendo que 271 trabalham em Manaus e 99 no interior. A previsão do Governo do Estado é que o concurso público abra 62 vagas para escrivão. O pré-requisito para o cargo é possuir formação em nível superior, em qualquer área do conhecimento.
O escrivão atua diretamente com o atendimento ao público, por isso o cargo exige uma boa comunicação e pensamento ágil. Sua função principal é ouvir e redigir as ocorrências que chegam a cada minuto.
Além de organizar e lidar com burocracias e processos, para o bom andamento no dia a dia de uma delegacia, o escrivão trabalha na formalização e documentação de inquéritos policiais, além de auxiliar o delegado e o investigador, formando uma força-tarefa.
“O escrivão toma conta de toda papelada da delegacia. As pessoas chegam para registrar o boletim de ocorrência e, depois de vir até o cartório, nós fazemos a tomada de declaração de todas as partes envolvidas no delito, organizamos os inquéritos, os flagrantes, e encaminhamos para a justiça”, salienta a escrivã Larissa Arguelles, que trabalha no 18º Distrito Integrado de Polícia.
Atendimento ao público
O trabalho de atendimento ao público é primordial na vida de um escrivão, e as audições realizadas por eles ajudam em muitos casos, seja respondendo dúvidas ou dando orientações. Em oitivas de testemunhas, por exemplo, o escrivão dá o andamento no processo e explica o que será feito a partir daquela audição e quais procedimentos serão feitos entre as partes.
De acordo com a escrivã Larissa, que exerce a profissão há uma década, a rotina de trabalho dentro das delegacias é bem dinâmica e coletiva. “O relacionamento entre toda a equipe é de parceria. Todos precisam trabalhar juntos. Eu imagino que o delegado seja a cabeça, o escrivão o coração e os investigadores as pernas e braços da delegacia”, explica.