Há 45 minutos
Por Agência Amazonas
Por conta da múltipla capacitação, bombeiros podem ser acionados para diversos tipos de ocorrências – FOTO: Divulgação/SSP-AMCombater incêndios urbanos, rurais e florestais, realizar salvamento em altura, em estruturas colapsadas e espaços confinados, promover resgates aéreos, terrestres e aquáticos, além de executar atendimento pré-hospitalar, são algumas das funções desempenhadas pelos homens e mulheres que escolheram a profissão de bombeiro militar como a missão de suas vidas.
Com o advento do concurso público para a área, anunciado pelo governador Wilson Lima, a expectativa é que sejam abertas 400 vagas para soldado combatente e 53 para oficial combatente para o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Mas apesar da admiração pela carreira, muita gente não sabe como é a rotina de trabalho e a mítica que envolve a carreira de bombeiro militar.
Por possuírem capacitação e conhecimento técnico em múltiplas áreas, os bombeiros podem ser acionados para diversos tipos de ocorrências, que vão desde o resgate de algum animal doméstico ou silvestre até as buscas de pessoas desaparecidas em regiões de mata fechada ou em situações como naufrágios.
Dentro do quartel, o bombeiro segue um ritual, que começa com a passagem de serviço e hasteamento da bandeira nacional até checagens dos materiais e viaturas, testagens de todos os aparelhos e utensílios usados, além da realização de treinamentos para garantir maior domínio, caso haja alguma ocorrência emergencial.
A tenente-coronel Suiane Mota, do CBMAM, contou como geralmente é a jornada de trabalho destes profissionais. “Temos a rotina administrativa para que a estrutura organizacional da corporação possa acontecer, onde os bombeiros trabalham em horário comercial durante a semana e as equipes operacionais com escala de 24h de trabalho”, salientou.
Instituição
Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) – FOTO: Divulgação/SSP-AMO Corpo de Bombeiros é uma corporação cuja principal missão consiste nas atividades de busca, salvamentos e socorros públicos, no âmbito de seus respectivos estados, assim como da Defesa Civil.
Desde o ano de 1915, os bombeiros são considerados Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro e integram o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. No entanto, o termo “militar” passou a ser usado com mais frequência a partir da década de 1990, para reforçar esta condição auxiliar e reserva de um dos braços das Forças Armadas do Brasil.
Formação e progressão
O tenente Waldenilson Sales conhece bem a profissão, já que atuou por três décadas desempenhando diversas atividades dentro CBMAM. “Tem vários processos antes de fazer parte dos bombeiros, sendo edital, concurso público, teste de aptidão física e o curso, propriamente dito, de três a seis meses, onde passam por vários treinamentos como combate a incêndio, salvamentos, além de físico e mental”, destacou.
A progressão de carreira dos bombeiros que entram na corporação como soldado é diferente daqueles que integram como oficiais.
Chamados de praças, a progressão militar começa a partir dos alunos soldados, que com o passar do tempo, podem subir de cargo através de cursos para as patentes de cabo, sargento e treinamento para aperfeiçoamento de sargento.
Por fim, a habilitação para oficial que, por sua vez, são aqueles que exercem funções de comando, chefia e direção dentro da unidade.
Para os oficiais combatentes, a progressão militar inicia com um curso que pode chegar até quatro anos de duração. Além disso, também há o oficial administrativo, que depois de passar por todas as outras graduações de praça chega ao posto mais alto, que é de oficial.
A hierarquia militar do oficialato é composta, pela ordem, por cadete, aspirante, tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel, sendo este último o topo da carreira militar.
Remuneração
O salário dentro do Corpo de Bombeiros do estado varia conforme o cargo e a patente exercida pelo militar. De acordo com o Diário Oficial do Amazonas (DOE), datado do ano de 2019, a variação salarial do bombeiro militar vai de R$ 2.241, para o aluno soldado, até R$ 28.821 para quem ocupa a cadeira de coronel.
A tabela usada como referência é do ano de 2019 e, portanto, deve ser levado em consideração o reajuste de até 10,85%, estabelecido no Diário Oficial nº 33.796/2018, adotado pelo governador Wilson Lima.