Como parte das ações da Prefeitura de Manaus para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, 18 de maio, a policlínica Djalma Batista, no bairro Compensa, na zona Oeste, promoveu nesta terça-feira, 18/5, atividades de orientação para usuários atendidos no serviço de saúde.
A programação, realizada com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da gerência de Promoção da Saúde (Gpros), contou com rodas de conversa para o público da sala de espera, coordenadas por enfermeiros e assistentes sociais abordando o tema, assim como a importância de a sociedade proteger as crianças e adolescentes, denunciando os abusos.
Segundo a diretora da policlínica Djalma Batista, Francisca Vicente, o objetivo da ação foi despertar a população para a necessidade de discutir mais sobre o abuso e a exploração sexual, e para que as pessoas fiquem atentas sobre o que acontece com as crianças e adolescentes. “Se você tem uma criança acostumada a brincar, sorrir, e que de uma hora para outra fica retraída, é importante entender por que isso vem ocorrendo”, afirmou Francisca Vicente.
A diretora lembrou, ainda, que os serviços de saúde também têm o papel de atuar na notificação de casos de violência. “Todos os profissionais de saúde são orientados para ter atenção a qualquer sinal de abuso, desde o primeiro momento de acolhimento, na sala de vacina, nas consultas médicas e mesmo nas visitas domiciliares realizadas pelos agentes comunitários de saúde, que devem ficar atentos para as vulnerabilidades no núcleo familiar”, afirmou a diretora.
Para a dona de casa Francisca Nogueira, que acompanhou a atividade na policlínica e tem cinco filhos entre 14 e 24 anos, a ação foi muito importante. “É importante discutir o tema, porque as nossas crianças aprendem muito com isso e os pais têm que ficar sempre presente na vida dos filhos, para que eles possam ter informações. É preciso alertar sempre nas escolas, no trabalho, na unidade de saúde e na família”, afirmou Francisca Nogueira.
Durante a ação, a assistente social Elizabeth Modernel, que atende a população na policlínica Djalma Batista, reforçou a necessidade da reflexão e maior discussão sobre o tema do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes junto à sociedade.
“Como assistente social, realizo atendimento a famílias que trazem a adolescente para o pré-natal, na idade de 13 e 14 anos. E, no atendimento, conversando, a gente observa que o acompanhante muitas vezes percebe a situação como normal, uma coisa natural. Então, é realmente necessário conversar, chamar a atenção da população e refletir sobre como estamos tratando desse tema com as crianças da nossa família”, ressaltou Elizabeth Modernel.
A partir da notificação da violência pelos serviços de saúde, são disparadas várias ações envolvendo a rede de proteção de crianças e adolescentes, com encaminhamento para o conselho tutelar, orientação à família e atendimento médico especializado. A população também pode fazer denúncias por meio do Disque 100, serviço do governo federal para denúncias de violações de direitos humanos.
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Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa
Fotos – João Viana/Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmVGxYBs