A Prefeitura de Manaus iniciou nesta segunda-feira, 14/6, um diagnóstico sobre o índice atual de infestação do mosquito Aedes aegypti nos 63 bairros da cidade, com vistoria em 25.711 imóveis selecionados por amostragem.
Sob a coordenação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o diagnóstico é um instrumento que auxilia na obtenção de informações para elaboração das estratégias de controle do Aedes Aegypti, identificando as áreas da cidade de baixo, médio ou alto risco para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, o diagnóstico é executado a partir de visitas domiciliares, com a identificação e coleta das formas imaturas (larvas) do mosquito, tratamento ou eliminação dos potenciais criadouros do Aedes.
“Seguindo a determinação do prefeito David Almeida, o trabalho será executado por 275 profissionais da Semsa, entre agentes de controle de endemias, agentes comunitários de saúde, motoristas, supervisores e coordenadores de equipes. No final dessa ação, que deverá ser concluída no dia 28 de junho, será elaborado um Mapa de Vulnerabilidade apontando o nível de risco de infestação do mosquito em cada bairro de Manaus. Com essas informações, a Semsa poderá direcionar o trabalho de forma mais efetiva para o controle do mosquito e redução de casos de dengue, zika e chikungunya”, informa Shádia Fraxe.
A gerente de Vigilância Ambiental da Semsa, enfermeira Alinne Antolini, esclarece que, além das visitas domiciliares, os agentes de endemias irão promover atividades de Educação em Saúde, orientando a população sobre os sinais e sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes, e as formas de prevenção para minimizar os riscos e como eliminar os focos propícios para a criação e reprodução do mosquito nos domicílios.
“O controle vetorial do Aedes aegypti é uma ação que requer responsabilidade coletiva, não apenas do setor saúde e seus profissionais, já que a maioria dos criadouros é encontrada em ambiente doméstico, ou seja, nas residências. Por isso, a população em geral também deve atuar nas ações de eliminação dos criadouros e prevenção de doenças”, alerta Alinne Antolini.
A enfermeira ressalta que é importante que a população receba a equipe de saúde para a realização do diagnóstico, seguindo todos os protocolos e medidas de segurança orientados pelos agentes de endemias ou agentes comunitários de saúde na prevenção à Covid-19, para que seja possível realizar a inspeção e a procura de possíveis criadouros do Aedes aegypti.
Normalmente, o diagnóstico do índice de infestação é feito no início de cada ano em Manaus, mas, por causa da pandemia do novo coronavírus, foi necessário alterar a data para a realização da ação.
“Com o atual cenário epidemiológico da Covid-19 em Manaus, assim como o avanço na campanha de vacinação contra a doença, a Semsa está retomando essa estratégia de controle do Aedes, mas mantendo os protocolos de segurança, tanto para a população, quanto para os profissionais de saúde”, afirma Alinne Antolini.
Entre janeiro e maio deste ano, o município de Manaus notificou 3.813 casos de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, o que representa um aumento de 215% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.210 casos. O mês de março deste ano foi o mês que registrou maior número de casos notificados (1.100), com maio apresentando uma redução, chegando a 802 notificações.
O chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape, destaca que a Prefeitura de Manaus vem reforçando as ações de controle do Aedes para manter a redução de casos das doenças a cada mês, executando atividades de Educação em Saúde, além de bloqueio químico, com a aplicação de inseticida para eliminação do mosquito, bloqueio mecânico com a eliminação dos criadouros a partir do trabalho dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde nas visitas domiciliares.
“A população também é orientada sobre a implantação da estratégia “10 Minutos contra o Aedes’”, em que cada morador pode realizar a vistoria semanal no domicílio, eliminando ou limpando recipientes que podem acumular água e propiciar a proliferação do mosquito, como tonéis, caixa d’água, calhas, ralos, piscinas, vasos de planta, lajes, pneus e garrafas. Com essa vistoria semanal de apenas 10 minutos, é possível quebrar o ciclo de reprodução do mosquito, que ocorre entre sete a dez dias, da larva até a forma adulta, o que vai reduzir o risco de transmissão das doenças pela picada do mosquito”, alerta Alciles.
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Fotos – Divulgação/Semsa
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Disponíveis em – https://flic.kr/p/2kSK5iM
Prefeitura inicia o 1º Diagnóstico sobre Infestação do Aedes do Aegypti de 2021 Prefeitura Municipal de Manaus.