Com o objetivo de verificar a eficácia dos inseticidas e larvicidas utilizados para combater o mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Manaus, em uma ação articulada com o Ministério da Saúde e em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), iniciou nesta segunda-feira, 20/9, a instalação de 300 ovitrampas nos 63 bairros da cidade.
“Esta é uma ação coordenada pelo Ministério da Saúde envolvendo município e Estado, e seus resultados vão permitir que nossas ações no combate ao Aedes aegypti sejam aprimoradas. Mas é importante salientar que a população precisa nos apoiar tomando todos os cuidados, para evitar água parada”, ressalta a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe.
As ovitrampas (armadilhas) são recipientes que simulam as condições para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. São vasos de plantas na cor preta, contendo água parada, onde são colocadas palhetas de madeira com pequenos furos, que servem para que a fêmea do Aedes deposite seus ovos. Substâncias larvicidas são colocadas na água e a partir da sua verificação, os agentes de endemia conseguem avaliar o nível de infestação e também se os produtos utilizados conseguem eliminar o mosquito.
Durante o trabalho de instalação nesta segunda-feira, no bairro Jorge Teixeira, na zona Leste, o chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape, explicou que o número de ovitrampas colocadas nos quintais das casas e em outros ambientes varia de acordo com o tamanho do bairro. O Jorge Teixeira, por exemplo, está recebendo 25 armadilhas. Em bairros menores, o número pode ser de três ou quatro ovitrampas.
As ovitrampas ficam instaladas por duas semanas, tempo suficiente para que os agentes de endemias realizem o manuseio e observação dos resultados, que, uma vez coletados, seguem para o Ministério da Saúde.
As ovitrampas instaladas nesta segunda-feira terão suas palhetas trocadas na próxima sexta-feira, 24, e posteriormente, na terça-feira, 28, será realizada uma segunda coleta, encerrando assim, o trabalho de campo. Os resultados coletados serão enviados ao Ministério da Saúde para uma avaliação mais detalhada.
“Estamos fixando as armadilhas, compreendendo uma faixa de nove quarteirões. Instalamos uma armadilha em um quarteirão, “pulamos” nove, e instalamos outro, compreendendo um raio de 300 metros de uma armadilha para outra. Essa metodologia facilita a visualização dos dados em mapas para identificarmos as áreas mais infestadas na cidade”, explicou Alciles.
Colaboração
Dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) indicam que até a última quinta-feira, 16, foram notificados 5.053 casos de dengue em Manaus e desse total, 3.572 foram confirmados.
O aposentado José Pereira da Silva, que mora na rua Mastruz, no bairro Jorge Teixeira, recebeu a visita dos agentes de endemia da Semsa, que instalaram uma armadilha em seu quintal. Ele elogiou a iniciativa e disse que quer colaborar para ajudar a combater o mosquito do Aedes aegypti. “A gente precisa ajudar a combater esse mosquito limpando tudo, para não deixar a água parada. Se cada um fizer a sua parte, todo mundo fica com saúde”, frisou.
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A instalação das ovitrampas está sendo executada por equipes de agentes de endemias dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Oeste e Leste, em parceria com técnicos da FVS-RCP.
Fotos – Camila Batista / Semsa
Texto – Tânia Brandão / Semsa
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmWHUbdf
Prefeitura inicia instalação de armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti Prefeitura Municipal de Manaus.