A Prefeitura de Manaus está utilizando aplicativos de conversa para dar suporte emocional às famílias de 2.523 dos alunos com síndrome de Down e deficiências intelectuais, para que trabalhem as ansiedades e possam ajudar a promover o desenvolvimento dos estudantes, que estão em aulas remotas desde o ano passado, devido a pandemia da Covid-19.
“Quando há a possibilidade do presencial, os assessores vão às escolas e verificam as dificuldades e habilidades desses alunos. Então eles são encaminhados para a sala de recurso, onde recebem o apoio para desenvolver suas potencialidades. Depois da avaliação multiprofissional, ele também passa por todos os programas do Complexo Municipal de Educação Especial, o CMEE”, completou.
Segundo a gerente de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Francemary Maia, com o isolamento social foi necessário reajustar as rotinas, tanto de convivência quanto de trabalho. “Há um acompanhamento do assessor pedagógico e do assessor da sala de recursos junto à escola, da classe especial e na Educação de Jovens e Adultos, o EJA, onde temos um grupo significativo de alunos com síndrome de Down”, disse Francemary.
“No caso da síndrome de Down, temos orientado bastante os pais para que promovam esse espaço de avanço no desenvolvimento psicossocial e educativo dessa criança, com rotinas bem ajustadas, combinadas de normas e limites, momentos afetivos de qualidade e, sobretudo, trabalhar atividades da vida diária”, pontuou a psicóloga, que também contou sobre como é a comunicação com os pais ou responsáveis durante a pandemia.
O trabalho no CMEE, de acordo com a psicóloga Maria Gleny Soares, é realizado a partir de três frentes: avaliação, intervenção e os programas, que são ofertados de forma grupal para alunos e responsáveis, com a intenção de ajudar no avanço das crianças com algum tipo de deficiência.
Atendimento
Segundo a psicóloga, o trabalho remoto ocorre semanalmente, onde os pais entram em contato com os profissionais que estão próximos das crianças, desenvolvendo atividades. “Os pais dão respostas muito positivas, porque eles trazem sugestões para o processo. A gente nota que as famílias estão muito ativas, com suas crianças envolvidas nesse processo de inclusão digital para o desenvolvimento dos alunos”, acrescentou.
Outro ponto importante do trabalho realizado, tanto pela GEE quanto pelo CMEE, é que ele conta com diversas parcerias. No caso específico da síndrome de Down, um dos principais parceiros é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Com a Apae, a prefeitura já realizou trabalhos, palestras, semanas alusivas e desenvolveu os jogos Adaptados André Vidal de Araújo (Jaavas).
A Gerência de Educação Especial (GEE) é a responsável por desenvolver trabalhos para todos os alunos da rede municipal da educação especial, já o Centro Municipal de Educação Especial (CMEE) André Vidal de Araújo, zona Centro-Sul, oferta programas e atendimentos mais específicos para aproximadamente 200 alunos com deficiência intelectual.
Data
O Dia Internacional da Síndrome de Down será neste domingo, 21/3. A data faz alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com a síndrome. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade. A data, que foi escolhida pela Down Syndrome International, por meio da ideia do geneticista Stylianos E. Antonarakis, da Universidade de Genebra, está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas.
Texto – Alexandre Abreu
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