A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai instalar, na próxima segunda-feira, 20/9, 300 ovitrampas (armadilhas que simulam o ambiente para a proliferação do Aedes aegypti), em uma ação orientada pelo Ministério da Saúde (MS) para avaliar a resistência do mosquito em relação ao inseticida e larvicida utilizados no controle do Aedes nos municípios, além de identificar o nível atual de infestação nos bairros da área urbana de Manaus.
“Serão instaladas 75 ovitrampas em cada uma das quatro zonas geográficas do município. Esse é um trabalho executado periodicamente por orientação do MS, monitorando a resistência dos mosquitos aos inseticidas e larvicidas”, ressalta Alciles Comape.
Segundo o chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Semsa, Alciles Comape, o trabalho será executado por equipes de agentes de endemias dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Oeste e Leste, em parceria com a Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
“As ovitrampas são em formato do tipo vasos de plástico, onde os agentes de endemias colocam um pouco de água e um produto atrativo para a fêmea do mosquito, estabelecendo um ambiente propício para a reprodução do Aedes. Dentro da armadilha também é colocada uma palheta com pequenos furos que facilitam para que a fêmea do Aedes coloque ovos”, informa Alciles Comape.
Cada armadilha será instalada em uma distância de nove quarteirões uma da outra, em locais selecionados, como residências, comércios, empresas ou escolas.
O chefe do Núcleo de Entomologia e Controle Vetorial da Semsa, Edvaldo Raimundo Nazaré da Rocha, explica que a análise do material vai determinar, ainda, o nível de infestação a partir de três indicadores: índice de positividade, que indica o percentual de ovitrampas com a presença de ovos do mosquito; índice de densidade de ovos (percentual encontrado de ovos do mosquito); e índice de densidade vetorial (percentual do vetor na fase larvária).
As palhetas serão coletadas antes de a armadilha virar um criadouro do mosquito adulto, vetor de transmissão da dengue, do zika vírus e da chikungunya. O material coletado será armazenado e enviado ao MS, que fará o trabalho de análise da resistência do Aedes aegypti aos inseticidas.
A primeira coleta das ovitrampas será realizada no dia 24 de setembro, com substituição das palhetas. A segunda coleta será feita no dia 28 de setembro, encerrando o trabalho de campo.
“Após a análise dos dados, os serviços de saúde terão informações atualizadas para agir de forma mais eficiente nas áreas de maior infestação do Aedes, evitando o risco de transmissão de doenças entre a população de Manaus. Caso o Ministério da Saúde identifique resistência do mosquito em relação ao inseticida utilizado, poderá atuar para substituir o produto ou interromper temporariamente o uso”, afirma Edvaldo Rocha.
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Fotos – Divulgação / Semsa
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Prefeitura de Manaus prepara instalação de 300 armadilhas para o mosquito Aedes aegypti Prefeitura Municipal de Manaus.