O que antes viravam lixos e despesas para os cofres públicos, agora são reaproveitados e transformados em tijolos. É assim que a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), está transformando a madeira proveniente da poda de árvores em todo o município. E nesta quarta-feira, 10/11, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica com o Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas (Sindicer-AM), para viabilizar a troca de podas de árvores por tijolos ecológicos. A assinatura do termo ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Centro.
Conforme Sabá Reis, mais de 500 toneladas de madeira por mês deixarão de ir para o aterro sanitário, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
A parceria, oficializada nesta quarta-feira pelo secretário da Semulsp, Sabá Reis, promete render resultados positivos, já que o descarte dos resíduos era feito diretamente no aterro sanitário. Agora, os troncos e galhos das árvores têm como destinação final a incineração, servindo de combustível, alimentando os fornos das empresas de tijolos.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Antônio Stroski, a Prefeitura de Manaus conta com três locais que a população pode descartar as toras e galhos de árvores: no Microdistrito Industrial de Manaus (Dimicro), no ramal do Brasileirinho, bairro Jorge Teixeira, zona Leste; no aterro de resíduos sólidos urbanos de Manaus, no quilômetro 19, da rodovia estadual AM-010 (Manaus – Itacoatiara); e na sede da Semulsp, no bairro Compensa, zona Oeste.
“Com a assinatura deste termo, o meio ambiente, o polo oleiro de Iranduba e o nosso aterro agradecem. São mais de 500 toneladas de toras de árvores, que o nosso aterro vai deixar de receber. Os serviços da Prefeitura de Manaus, principalmente na Semulsp, passam a contar com tijolo da melhor qualidade produzido em Iranduba, sem precisar comprar”, enfatiza Sabá.
O presidente do Sindicer-AM, Francisco Alves Belfort, revela que o setor estava tendo dificuldades de ter a matéria-prima para viabilizar a produção dos tijolos.
“Nós conciliamos uma questão de gerenciamento adequado dos resíduos de Manaus e uma necessidade de um polo tão importante para a nossa economia”, observa Stroski.
“É uma parceria importante, tanto para o setor cerâmico quanto para a população de Manaus, porque toda essa quantidade de matéria orgânica de origem vegetal, que deveria ir para o aterro, vai ser destinada para a indústria cerâmica, transformando em energia. É um projeto de grande valia para toda a sociedade”, comenta.
———
Fotos – Altemar Alcântara / Semcom
Texto – Rebeca Mota/ Semulsp
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmX66Mev