Criado em setembro de 2017 com 24 pacientes, o projeto “Processo Transsexualizador” hoje atende 278 pacientes fixos, que recebem atendimento e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, psicólogos, ginecologistas, fonoaudiólogos e entre outras especialidades.
Há 30 minutos
Por Agência Amazonas
Aumento significativo no número de pacientes transexuais atendidos no Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero da unidade de saúde. FOTOS: Islânia Lima/Policlínica CodajásCom uma equipe multidisciplinar de profissionais da área de saúde, a Policlínica Codajás, localizada na zona sul da capital, teve um aumento significativo no número de pacientes transexuais atendidos no Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero da unidade de saúde, nos últimos anos.
O projeto tem o apoio do Governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), em parceria com Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com consultas que acontecem dentro das instalações da Policlínica Codajás.
Em 2018, o atendimento se expandiu para 59 pessoas. Já em 2019 foram 79 pacientes. Em 2020 mesmo com as dificuldades da pandemia do Covid-19 e seguindo todos os protocolos de segurança, o número saltou para 116 atendimentos, totalizando 278 pacientes fixos na unidade.
Acolhimento
Entre os atendimentos prestados, na equipe de enfermagem o paciente recebe toda orientação para tramitação do nome social, descrito no cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Na psicologia, o paciente tem consultas individuais e personalizada. Já no setor de ginecologia e endocrinologia, o paciente recebe consulta para realizar o manejo hormonal. Também estão disponíveis exames, testes rápidos e vacinas essenciais.
O diretor-geral da Policlínica Codajás, Rainer Figueiredo, explica que o atendimento no ambulatório está de portas abertas para a população. “Qualquer pessoa que esteja interessada em participar do projeto pode procurar nossa unidade e ter informações necessárias para começar todo processo. As pessoas são sempre bem-vindas e, seguindo os protocolos exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), atendemos nossos pacientes trans, com todo respeito que elas e eles tanto merecem”, frisou.
“Temos um respeito ao nome social do trans, além de toda orientação hormonal de que ela precisa, por meio das receitas controladas, para que tenha acesso a testosterona e estradiol, medicações importantes nesse processo”, destacou.
Atuando no projeto desde a criação, a médica ginecologista da Policlínica Codajás, Dária Neves, explica que o aumento de pessoas trans que buscam a unidade se deve ao acolhimento e à equipe multidisciplinar existentes no órgão.
Paciente do projeto, Maya Alvarenga, de 27 anos, conta que antes de conhecer o Ambulatório Transsexualizador fazia hormonioterapia por conta própria, mas que após conhecer o programa tudo melhorou na vida dela.
Além de todo este processo, a profissional explica que, no projeto, a paciente tem o acompanhamento da harmonização, que dura em média dois anos, com exames clínicos e consultas, contribuindo assim, com a melhoria da saúde mental dessas pessoas.
Serviço
A Policlínica Codajás atende pacientes de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h na avenida Codajás, 26, bairro Cachoeirinha, zona centro-sul da capital. Para dúvidas e sugestões, a população pode entrar em contato por meio do número (92) 3612-4200 ou pelo e-mail [email protected].
“Eu me sinto totalmente representada aqui na Policlínica. As consultas psicológicas, o atendimento médico em geral e exames me ajudaram na conclusão de tudo que preciso, para ter uma vida mais saudável e feliz”, afirmou.