O treinamento atende a um termo de cooperação técnica firmado entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e a Organização Não Governamental (ONG) The Exodus Road, que é internacional e trabalha no combate a esse crime.
Há 4 minutos
Por Agência Amazonas
Neste 30 de julho é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas, a data foi instituída em 2013, pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Tendo em vista a importância do combate a esta prática criminosa, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Comissão de Capacitação, Treinamento e Desenvolvimento (CCTD), iniciou neste mês, a preparação e capacitação de policiais civis para que trabalhem de forma célere e efetiva no combate a essa prática criminosa, no Estado.
O delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) da instituição, ressalta que qualquer curso que seja de aperfeiçoamento para o policial é de grande importância, pois a Polícia Civil empenha esforços, diariamente, para que seus servidores sejam qualificados; e estejam aptos ao combate a toda e qualquer ação delituosa.
Na maioria das vezes, promessas de oportunidades de trabalho para melhoria de vida, levam as vítimas a aceitarem propostas de saírem de seus países de origem e tentarem a sorte em outro território. Porém, essas promessas não sendo verdadeiras, o que poderia ser a realização de um sonho, transforma-se em trabalho forçado e até exploração sexual.
O curso acontece de forma on-line e teve início neste mês de julho, sem data prevista para término. Ele pode ser realizado de acordo com a disponibilidade de tempo do participante e, até o momento, conta com 116 servidores inscritos.
“Esse curso tem um tema de extrema importância para nós que somos policiais, ainda mais em nossa capital que recebe muitos turistas. E ter esse conhecimento pode evitar que uma situação de tráfico humano ou exploração sexual passe despercebida pelas autoridades”, enfatiza Albino.
“O que acontece é que, na maioria das vezes, o delito não é visivelmente identificado e só se torna conhecido quando a vítima ou os familiares realizam a denúncia. Então nosso objetivo é especializar os servidores da Polícia Civil para que estes atuem com mais afinco nessa modalidade de crime”, destaca o gestor.
Para o investigador de polícia Fabiano Barroso, gestor do CCTD, essa especialização vai ajudar o policial a identificar de forma célere o delito, no momento em que ele acontece. Segundo Barroso, apesar de não se ouvir falar muito sobre a prática do tráfico humano no Amazonas, não quer dizer que ele não ocorra.
Orientações
Para evitar cair em propostas tentadoras e acabar se tornando uma vítima do tráfico humano, é importante sempre ficar atento às propostas que se recebe, principalmente aquelas que acontecem por meio das redes sociais. E caso precise viajar para outro estado ou país, comunicar familiares e amigos, que devem ficar cientes de endereços e contatos de consulados, ONGs e autoridades da região.
A escrivã de polícia Kárenide Albuquerque, lotada na Delegacia Especializada em Repressão à Crimes Cibernéticos (DERCC), já está realizando o treinamento e explica que ele ocorre por meio de vídeoaulas, com exemplos de casos reais, estatísticas, entre outras ferramentas que mostram como agir diante da situação.
Caso presencie ou seja vítima do delito, a denúncia pode ser realizada pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100), que recebe, analisa e encaminha as denúncias.