Medida assertiva da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que realizou reunião com representantes da empresa White Martins, para saber, oficialmente, qual a capacidade de aquisição e logística de transporte de oxigênio de outros estados, ou países vizinhos, para o Amazonas. A reunião aconteceu de forma virtual nesta sexta-feira (23/04), como parte das ações da terceira fase do Plano de Contingência Estadual para enfrentamento da pandemia de Covid-19, especificamente, do abastecimento de oxigênio à rede estadual de saúde.
“Estamos na fase 3 do plano de contingência e uma das ações estratégicas desta fase é discutir soluções para um eventual aumento de consumo. Ouvimos os representantes da empresa, para entender as limitações. Eles irão responder ao ofício e manter o diálogo com a secretaria, buscando consolidar as ações do nosso plano de contingência, pois estão inseridos no nosso planejamento e são os maiores produtores no estado”, explicou o coordenador geral do Infrasaúde, Charles Mafra.
A SES-AM solicitou respostas técnicas em relação a um ofício prévio encaminhado no dia 16 deste mês, pelo Núcleo de Modernização da Infraestrutura da Saúde (Infrasaúde). No documento, a secretaria cobra informações sobre o planejamento da empresa para complementar a produção diária já instalada na unidade de Manaus, considerando a possibilidade de aumento do consumo, caso ocorra uma nova onda da Covid-19 no Estado.
Na reunião virtual, a White Martins apresentou a capacidade de produção diária de 36 mil metros cúbicos de oxigênio e de armazenamento de até 270 mil metros cúbicos, em seis tanques, instalados no seu parque fabril que possui, atualmente, duas plantas em plena produção na unidade de Manaus.
“A reunião foi positiva e, a partir da resposta dada hoje e do retorno do ofício, vamos buscar alternativas de outros fornecedores locais de oxigênio, bem como de outros estados da federação e de países vizinhos como forma de contingenciamento”, ressaltou Charles Mafra.
OXIGÊNIO
O consumo atual de oxigênio medicinal no Estado está em torno de 18 mil metros cúbicos nas redes pública e privada. Além da White Martins, também fornecem oxigênio para o Amazonas as empresas Carbox, com produção estimada em 8 mil metros cúbicos por dia, e Nitron, que importa oxigênio de outro Estado para abastecer a sua rede de clientes.
A estratégia de geração independente de oxigênio, traçada no Plano de Contingência, inclui o cronograma de implantação de usinas em todo o Estado com a meta de somar 75 unidades em operação, com capacidade de produção total por dia de 35.640 metros cúbicos de O2.
Além de Manaus (7), as usinas estão em operação nos municípios: Alvarães (1), Apuí (1), Barcelos (1), Parintins (3), Itacoatiara (3), Tefé (1), Manacapuru (1), Tabatinga (1), Maués (2), Humaitá (1), Coari (1), Careiro (1), Carauari (1), Eirunepé (1), Lábrea (1), Nova Olinda do Norte (1), São Gabriel da Cachoeira (1).