No Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem, comemorado dia 20 de maio, um grupo de profissionais contratados no Regime Especial Temporário (RET) compareceu à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na manhã desta quinta-feira, para reivindicar direitos trabalhistas não pagos pelo Governo do Estado. Um dos principais defensores da categoria no Parlamento estadual, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) repercutiu o apelo dos trabalhadores, que cobram o recebimento de periculosidade, ticket alimentação e pagamento integral dos plantões por parte do Executivo.
O parlamentar criticou a forma que o Governo vem tratando os trabalhadores da saúde e cobrou soluções para a garantia dos direitos trabalhistas da categoria RETS, que conta com 3,5 mil trabalhadores. No caso dos plantões, os profissionais estão cumprindo 13, mas o Estado está honrando apenas 10.
“Neste exato momento, mais de 3 mil técnicos de enfermagem e enfermeiros estão sem receber o seu risco de vida e ticket alimentação, esse é o tratamento vexatório que o Governo oferece a esses heróis que arriscam as suas vidas na linha de frente da Covid.-19 Por isso, neste dia especial estou cobrando que o Governo cumpra com seu papel de pagar o que manda a lei”, afirmou Barreto, em Sessão Ordinária híbrida desta quinta.
Como resposta à manifestação da classe, Wilker solicitou a convocação do secretário de Estado de Saúde (SES-AM), Marcellus Campêlo, para prestar esclarecimentos sobre as reivindicações dos temporários, já deferida pela Mesa Diretora. “Eu já estou exaurindo a parte da conversa e vou partir para a convocação, que o secretário de saúde venha à Comissão de Saúde desta Casa dar as devidas explicações, pois já fizemos duas reuniões com eles e foi só barrigada, como diz no linguajar popular”, ressaltou o Líder da minoria na Aleam.
Cobranças
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados da Saúde (Sindipriv), Graciete Mouzinho, enalteceu a importância da enfermagem e pediu maior reconhecimento do Poder Público.
“Quero parabenizar a todos os técnicos e auxiliares e dizer que a enfermagem é a arte de amar e nós somos os artistas que cuidamos das pessoas que precisam de nós. Quero agradecer a Deus por ter nos dado forças em estarmos à frente dessa luta, reivindicando o direito que é nosso. Perdemos mais de 82 profissionais para a Covid e até hoje não temos esse reconhecimento”, disse Graciete.
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