Matéria publicada pelo portal UOL nesta segunda-feira (25/01) revela uma lentidão inexplicável do Governo Federal que pode ter causado a perda de vidas no Amazonas. Segundo a reportagem, o Governo dos Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU) ofereceram três aeronaves para o transporte de oxigênio para o Amazonas no momento mais crítico da crise nos hospitais do estado. As ofertas teriam acontecido nos dias 16 e 18 de janeiro, mas, até agora, o Governo Federal (responsável pela liberação dos voos) não deliberou sobre o assunto.
O uso das três aeronaves, duas da ONU e uma do governo dos Estados Unidos, poderia ter agilizado o transporte do oxigênio hospitalar até o Amazonas. Segundo o portal UOL, a autorização para a utilização destes aviões, segue sob análise do Governo Federal há pelo menos 10 dias.
Segundo o próprio Ministério da Saúde, a melhor solução na crise de desabastecimento de oxigênio no Amazonas é o transporte aéreo, já que o estado tem limitações de logística por via terrestre e fluvial. O sistema de saúde do Amazonas enfrenta graves dificuldades com falta de vagas em hospitais e falta de oxigênio na rede hospitalar.
O Governo do Amazonas, por meio do coordenador da Unidade de Gestão Integrada, Thiago Paiva, confirmou que a solicitação da liberação do uso das aeronaves foi feita ao Governo Federal, mas que ainda não há manifestação sobre o assunto. Paiva ainda destacou o caráter “fundamental” deste apoio no transporte aéreo de oxigênio.
Segundo o portal UOL, a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde informou que “a proposta está em análise no departamento de logística devido às peculiaridades técnicas”. O Ministério da Saúde informou, ainda, que “as tratativas estão a cargo do MRE (Ministério das Relações Exteriores)”. A assessoria de comunicação do MRE foi questionada pela reportagem na quinta-feira (21), mas nenhuma resposta foi enviada até a publicação da reportagem.