Profissionais da atenção básica, da REDE municipal de saúde, da Prefeitura de Manaus, participaram nesta quinta-feira, 27/5, do Fórum de Vinculação Pré-Natal, que tem o objetivo de diminuir a peregrinação das mulheres grávidas no anteparto na REDE de saúde. Por conta dos protocolos de segurança para evitar a disseminação da Covid-19, o evento foi realizado de forma remota.
O subsecretário municipal de saúde, Djalma Coelho, participou dos debates e salientou a importância da UNIÃO de esforços para permitir que a gravidez, o parto e pós-parto possam ser vivenciados com tranquilidade pelas gestantes usuárias do Sistema Único de saúde (SUS) e seus filhos. “Para conseguirmos esse objetivo precisamos fortalecer essa articulação entre REDE básica e média e alta complexidades. Unindo esforços e experiências conseguiremos identificar e melhorar a assistência à gestante e ao seu filho”, destacou.
A assistente social Neide Negreiros, técnica do Núcleo de saúde da Mulher, explicou que para facilitar o monitoramento e orientação das grávidas, a Secretaria Municipal de saúde (Semsa) vem adotando a sistemática de identificar Unidades Básicas de saúde (UBSs) e maternidades de referência, que ficam no mesmo território e, a partir dessa identificação, vincular as grávidas a uma maternidade antes do parto. “Assim, a grávida já vai conhecer a maternidade, entender como é a dinâmica da unidade, os serviços ofertados, o que levar quando entrar em trabalho de parto, com orientações para o seu acompanhante e outras informações, que facilitam e tranquilizam a gestante e seus familiares”, esclareceu.
Esse processo de vinculação é realizado no sistema de referência e contra referência do SUS, que se baseia na articulação das unidades envolvidas no cuidado à gestante. “Quando recebe alta da maternidade, os profissionais dessa unidade informam os profissionais de saúde da UBS que atuam na atenção primária, para que tanto a mãe quanto o bebê façam a consulta da primeira semana de vida do recém-nascido”, informou Neide.
Participam do fórum médicos, enfermeiros, assistentes sociais, diretores de UBSs, gestores da Secretaria de Estado da saúde (SES-AM), diretores e gerentes das maternidades, além da gestão municipal de saúde da mulher, saúde da criança e do adolescente, saúde do homem, coordenada pela REDE Cegonha.
A peregrinação PODE ser entendida pela busca por atendimento em maternidades no momento do parto. Ao não encontrar vaga em determinada unidade de saúde e sair à procura de outra unidade, a gestante e seu bebê passam a correr uma série de riscos, dentre os quais o óbito.
Peregrinação
Para enfrentar essa questão, a REDE de atenção básica do SUS, gerenciada pela Prefeitura de Manaus por meio da Semsa, está se articulando com a REDE de média e de alta complexidade, gerenciada pela SES-AM. Uma das ações é a troca de informações sobre as gestantes por meio de aplicativo de gerenciamento de informações, um processo que tem a proposta de melhorar a qualidade da atenção em todo o ciclo gravídico puerperal.
Além de vincular a gestante, os profissionais de saúde também fortalecem seus vínculos a partir da avaliação de cenários, entraves, troca de experiências e atualizações sobre a situação epidemiológica das gestantes.
Nesta quinta-feira, os profissionais do Distrito de saúde (Disa) Oeste e das respectivas maternidades desse território participaram do fórum, que já contou com a presença dos servidores dos Disas Norte, Sul e Leste. Em breve, a zona rural também terá um espaço de discussão sobre o tema.
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Foto – Divulgação / Semsa
Texto – Tânia Brandão / Semsa
