Um dos compromissos da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) é oferecer atendimento social acessível e de qualidade para a população. Pensando nisso, a estagiária da secretaria e finalista do curso de Psicologia, Isana Hipólito, realizou uma pesquisa voltada para ofertar e otimizar os atendimentos psicossociais de familiares de Pessoas com Deficiência (PcDs).
O artigo, intitulado “Autismo nas relações parentais: os impactos psicossociais vivenciados por pais de crianças diagnosticadas com TEA”, foi desenvolvido em parceria com a colega Adriana Souza Hilário, sob a orientação do professor Julio Cesar Pinto de Souza, e publicado na revista científica “Brazilian Journal of Health Review” (BJHR). O estudo aborda o impacto do diagnóstico na dinâmica familiar dos pais e como isso afeta o psicológico tanto dos familiares quanto da criança.
De acordo com a secretária titular da Sejusc, Mirtes Salles, por meio de pesquisas como essa é possível ter uma evolução quanto à abordagem e atendimento oferecidos a essas pessoas e sua família.
“Por meio de um atendimento cada vez mais humanizado e pensado para acolher as pessoas em vulnerabilidade e suas famílias é que podemos ajudá-las plenamente. Sem um olhar sensível e pensado para elas, é impossível prestar um bom apoio”, afirmou a gestora.
Isana, que atua como estagiária da Secretaria Executiva Adjunta de Direitos da Pessoa Idosa (Seadpi) da Sejusc, aponta que a pesquisa pode ser utilizada ao atender familiares de pessoas em vulnerabilidade em outras pastas do órgão.
“Esse suporte se daria na questão psicossocial, com uma equipe composta de psicólogos e assistentes sociais que pudessem auxiliar essas pessoas, por meio de uma roda de conversa, em que outros podem trocar estratégias para como lidar com seus problemas. Quando a gente tem um problema e se isola, é mais complicado lidar com ele. A partir do momento em que compartilhamos os problemas com outras pessoas que sofrem com aquela mesma situação, fica mais fácil, pois um encontra forças no outro para ajudar”, relatou.
A ideia surgiu da vivência de Adriana, que possui um filho autista, e por meio disso foi explorando conhecimento sobre o tema que deu origem ao artigo.
“A motivação para a construção do artigo se fez pela minha experiência pessoal. Tive essa ideia devido ao diagnóstico do meu filho. Até receber o diagnóstico passei por muitas fases, de luto, negação, sofrimento psíquico e financeiro. A partir daí fui buscar conhecimento. Trabalhei em dois locais que cuidam de crianças autistas e pude vivenciar de perto o sofrimento daqueles pais”, disse ela.
Atendimento psicossocial
A Sejusc atua com atendimentos psicossociais nas secretarias executivas de Políticas para Mulheres (SEPM), da Pessoa com Deficiência (SePcD), de Direitos da Criança e do Adolescente (Sedca) e da Pessoa Idosa (Seadpi).
A Seadpi oferece atendimento para a família de pessoas idosas em vulnerabilidade, por meio do Centro Integrado de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Cipdi). O trabalho desenvolvido pelo Cipdi inclui a escuta da pessoa idosa e familiares fornecendo apoio devido, por meio de rodas de conversa, para se ter um melhor acompanhamento psicológico.
Segundo a secretária executiva adjunta de Direitos da Pessoa Idosa (Seadpi), Luciana Andrade, ressalta que o trabalho realizado pelo Cipdi é fornecer apoio e encaminhamento correto.
“A equipe do Cipdi atua como apoio aos demais órgãos da rede de proteção de direitos à pessoa idosa. Por meio dele, é realizada a escuta dos idosos, familiares e denunciantes, e ocorrem visitas psicossociais nas residências para fornecer aos demais órgãos de proteção subsídios para tomada de decisão. Através desses relatos psicossociais a gente pode identificar algum problema ou alguma violação de direitos contra esses idosos e então dar o devido encaminhamento”, declarou.
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Por Agência Amazonas
FOTOS: Eduardo Santos/Sejusc