O programa Educando pela Cultura, da Escola do Legislativo Senador José Lindoso, realizou na tarde desta segunda-feira (9) nova edição do ciclo de debates sobre Direitos Humanos, discutindo desta vez os direitos da pessoa com deficiência. O evento foi realizado de maneira híbrida, com alguns participantes no miniplenário Cônego Azevedo, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), e outros participando via internet.
A coordenadora do programa Educando pela Cultura, pedagoga Jacy Braga, abriu os debates falando sobre o objetivo de dar voz às pessoas com deficiência e aos que buscam os direitos dessas pessoas.
A advogada Nancy Segadilha, palestrante e pessoa com deficiência, falou sobre a importância de dar voz para quem tem uma deficiência, e ratificou que nenhuma decisão que afete a vida dessas pessoas deva ser tomada sem a plena participação delas. “Nada sobre nós sem nós”, falou, ao citar o lema adotado pelo movimento.
Especialista em Práticas Inclusivas e Gestão de Diferenças, a servidora pública municipal Luciane Fridschtein, também proferiu palestra falando desde o conceito de deficiência, mostrando como essa definição foi evoluindo com o tempo, começando como uma ideia de exclusão, passando pela segregação, depois integração e, atualmente, inclusão. “É preciso promover a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições” destacou, explanando sobre a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), sobre as diferenças de Educação Especial e Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, mostrando a necessidade de integrar o aluno com deficiência a proposta pedagógicas das escolas regulares, promovendo o atendimento aos estudantes com deficiência.
Encerrando as explanações, a fonoaudióloga Mariana dos Santos Pedrett, que atua com crianças com deficiência auditiva e autismo na Secretaria Municipal de Educação (Semed), falou sobre as experiências positivas construídas no programa de reabilitação auditiva para crianças usuárias de implante coclear – PIC. A profissional apresentou dados sobre a evolução das crianças que participam do programa, com a conquista de maior independência e até mesmo melhoria de autoestima. “Esse programa foi criado em 2012, com psicólogos e fonoaudiólogos, e atende crianças no contraturno da escola, e trabalhamos a inclusão e capacitação dessas crianças”, explicou, falando ainda sobre a importância de descontruir a ideia de que uma pessoa com qualquer tipo de deficiência se torna menos capacitada de realizar tarefas, em comparação com quem não possui deficiência.
Diretoria de Comunicação da Aleam