O delegado Aldiney Nogueira, titular da unidade policial, informa que os setores de assistência social recebem algumas denúncias de vítimas que, muitas vezes, sentem-se constrangidas de realizar formalmente o registro do Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia. Sendo assim, os assistentes sociais repassam às denúncias aos policiais que, imediatamente, iniciam as investigações em torno dos casos.
Há 37 minutos
Por Agência Amazonas
No município de Itapiranga (distante 227 quilômetros de Manaus), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 38ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), conta com uma rede de apoio no atendimento a crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência. O trabalho é realizado em parceria com o Conselho Tutelar e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
A autoridade policial relatou que, nos cinco primeiros meses deste ano, foram instaurados 10 Inquéritos Policiais (IPs) e quatro prisões foram realizadas, em ações resultantes desse trabalho conjunto. Entre os casos de prisões de maior destaque estão a de um médico de 60 anos, pelo crime de estupro de vulnerável, que teve como vítima um adolescente de 13 anos, e também a de um professor de 72 anos, também por estupro de vulnerável, ocorrido em 2020, que teve como vítima duas crianças de sete e nove anos, do sexo masculino.
“Essa parceria da Polícia Civil com o Conselho Tutelar e o Creas ajudou bastante na resolução de vários crimes, e isso trouxe mais confiança para a população do município. Além de crianças e adolescentes, também são acolhidas mulheres que são vítimas de violência doméstica, já foram expedidas 15 medidas protetivas para essas mulheres que também têm acompanhamento psicológico”, explicou Nogueira.
“As vítimas, que na maioria das vezes são de estupro de vulnerável, têm o acompanhamento de psicólogos durante e depois todo o processo de investigação dos casos. O Ministério Público (MP) também tem sido um grande aliado para tirar de circulação esses indivíduos, expedindo pareceres de forma ágil pela expedição de mandados de prisão pelo Poder Judiciário, que logo são cumpridos pelas nossas equipes, que não medem esforços para que essas vítimas possam se sentir mais seguras”, ressaltou a autoridade policial.
Ficou constatado também que esses presos agiam há mais de duas décadas, sendo muito importante o encerramento desses longos ciclos de abusos sexuais, através dessa parceria bem-sucedida, que encerra também a sensação de impunidade.