Tudo indica que o drama que o Amazonas viveu nas últimas semanas, com a falta de leitos e de oxigênio nas unidades hospitalares das redes pública e privada de Saúde, deve se repetir em outras partes do mundo. Em Portugal, por exemplo, a situação é crítica em vários hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo. Alemanha e Escócia estenderam o prazo de confinamento e toda a Europa segue em alerta, com países registrando alta na taxa de infecção pelo novo coronavírus.
Em nota oficial emitida à imprensa portuguesa, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denunciou que, “a falta de meios humanos, de camas e até de oxigênio tem levado ao acúmulo dos doentes em macas, deixas na porta dos hospitais e nas ambulâncias. Temos conhecimento de que vários hospitais não conseguem fornecer oxigênio com a adequada pressão aos doentes, problema que tende a agravar-se nos próximos dias”, revela.
O documento destaca, ainda, que, “devido à falta de meios, em várias unidades, os critérios para atendimento e internamento tornaram-se mais restritivos, deixando de fora muitos doentes com dificuldade respiratória e com estados clínicos potencialmente em agravamento”, afirmou a nota oficial enviada à imprensa.
As salas de aulas em Portugal voltaram a ser fechadas nesta sexta-feira (22/01), devido ao forte agravamento da pandemia, sobretudo pelo impacto da variante britânica do SARS-CoV-2, que o primeiro-ministro já tinha mostrado recear devido à anunciada maior propagação entre os jovens. O governo também decretou toque de recolher em todo o país a partir das 20h. Aos fins de semana, o confinamento obrigatório é a partir das 13h.
No último dia 13 de janeiro, o governo de Portugal decretou o segundo lockdown para conter o aumento do número de casos do coronavírus no país. O comércio e os serviços não essenciais estão fechados e devem continuar assim até o fim de janeiro, quando a norma deve passar por uma reavaliação. A ordem é que todos voltem a trabalhar em sistema home office, tal como aconteceu em março e abril do ano passado.
O país lusitano tem batido recordes do número de casos diariamente e, ao todo, o país já registrou mais de 581 mil casos desde o início da pandemia e 9.465 mortos.