O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou que faltou coerência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, ao conceder decisão liminar liberando a realização de cultos e missas presenciais em todo o país, durante o pior momento da pandemia no Brasil.
A decisão foi publicada no sábado (3). Nesta segunda-feira (5), o ministro Gilmar Mendes foi no sentido oposto e proibiu as atividades religiosas em São Paulo enquanto a pandemia de Covid-19 não for controlada.
“Nós somos nós e as nossas circunstâncias, parafraseando a parte mais famosa da frase “Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela, não me salvo a mim”, de autoria do filósofo espanhol José Ortega. Com todo respeito que tenho pelo ministro Nunes Marques, mas ele não foi coerente com o momento que vivemos e as circunstâncias que vivemos. A decisão ignora a fase mais crítica da pandemia no Brasil. Eu fico com o voto do ministro Gilmar Mendes que é o oposto do voto do ministro Nunes Marques”, avaliou Serafim.
A declaração do líder do PSB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) foi dada durante discurso na Sessão híbrida desta terça-feira (6). O caso, destaca Serafim, será julgado pelo plenário do STF nesta quarta-feira (7), a quem caberá fixar um entendimento sobre o tema.
“Nesta quarta-feira (7) o Supremo Tribunal Federal, que é o último a falar, haverá de dar a decisão final. Eu espero que o bom senso permaneça, porque nós não temos outra alternativa que não seja evitar aglomeração. E igreja aglomera, sim. As pessoas não usam máscara e têm que usar e sobretudo, temos que vacinar a população. E foi exatamente pelo atraso na compra da vacina no ano passado que nós estamos vivendo esse momento de segunda onda”, concluiu o deputado.
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