O espaço é uma iniciativa do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e está instalado no Instituto Benjamin Constant (IBC), unidade que oferece cursos na área de tecnologias e controle de processos industriais.
Há 55 minutos
Por Agência Amazonas
Laboratório maker. Foto: Cleudilon Passarinho/CetamDando seguimento à proposta de impulsionar a qualificação profissional no Amazonas, o Governo do Estado inaugura, nesta terça-feira (13/07), o primeiro laboratório maker público e gratuito voltado, exclusivamente, para o ensino profissionalizante.
“O governador Wilson Lima tem na educação uma de suas principais ações. E determinou que o Cetam amplie a oferta do ensino profissional em todo o Amazonas e, para isso, o governo tem proporcionado diversos investimentos no setor. Este espaço maker faz parte desse investimento, beneficiando, inicialmente, os alunos dos cursos de Eletrônica, Automação Industrial, Eletrotécnica e Mecatrônica.”, destacou o presidente.
Totalmente direcionado à qualificação profissional e formação técnica, o ambiente é pioneiro na região Norte e, de acordo com o diretor-presidente do Cetam, Prof. Dr. José Augusto de Melo Neto, segue a orientação do governador Wilson Lima de ampliar e aprimorar cada vez mais o ensino profissionalizante no Amazonas, investindo na infraestrutura técnica.
Para garantir esses objetivos, o local conta com impressoras 3D, plotter e fresadoras, que vão garantir a materialização de todo conceito de prototipagem 3D, prototipagem de placas de circuitos e plotter de impressão e corte.
Conceito “faça você mesmo”
O ambiente tecnológico segue uma tendência mundial do Movimento Maker, que existe desde 2005 e aplica o conceito de um makerspace. Ou seja, um local onde o aluno pode aprender novas tecnologias e prototipar produtos em um laboratório de fabricação digital, deixando de ser apenas um consumidor das tecnologias para tornar-se um produtor.
De acordo com o coordenador de Incentivo à Inovação do Cetam, Reinier Freitas, a proposta é expandir a cultura da inovação que o Cetam já vem implementando nas diversas atividades técnico-pedagógicas, de acordo com o seu planejamento estratégico.
Esse ambiente visa incutir no aluno a iniciativa de ir “além da sala de aula” para realizar experiências e transformar teoria, ideias e imaginação, em realidade física e palpável.
Segundo Reinier, futuramente o espaço vai contar com bancada de eletrônica e robótica e uma impressora a laser, além de outras tecnologias para prototipação.
“A Sala Maker é um desses ambientes de inovação que estimula várias habilidades e competências softskills e hardskills, dando a experiência do ‘colocar a mão na massa’ ao aluno, que precisa experimentar e testar suas ideias com desafios que irão lhe preparar para o mercado, gerando oportunidade e renda”, destacou o coordenador.
“Essa iniciativa vai proporcionar que qualquer pessoa tenha acesso para poder aprender a fabricar. Outro ponto a ser destacado é o uso de materiais alternativos como lixo eletrônico, onde podemos aproveitar peças e criar novos protótipos”, ressaltou o coordenador.
A ideia do “faça você mesmo” foi potencializada na pandemia e, diante disso, o Cetam pensou em softwares e hardwares abertos ou livres para serem utilizados no laboratório maker.
A educadora salienta que no ambiente serão utilizadas ferramentas manuais, digitais ou eletrônicas, para despertar o interesse dos alunos no desenvolvimento de habilidades, que vão contribuir para uma formação mais completa e mais alinhada às demandas contemporâneas.
Protagonismo dos alunos
Para a diretora do IBC, professora Ariadne Boh, o espaço maker na escola tem, como principal característica, o protagonismo dos alunos. “Dentro desse ambiente, eles são capazes de desenvolver novas competências e habilidades, como empatia e senso crítico, e tornam-se aptos a resolver problemas e desenvolver projetos”, destacou.
A diretora explica que o espaço é destinado a alunos de cursos de qualificação profissional e técnico, ofertados no IBC. “O espaço poderá ser utilizado como ambiente de criação coletiva voltado a todas as áreas de formação”, comentou Ariadne.
“O espaço maker é capaz de despertar, nos alunos, a curiosidade em tentar encontrar soluções para um determinado problema, seja para comunidade ou a própria escola. Nesse ambiente, ele é protagonista do próprio conhecimento e o professor passa a ser um orientador. Ou seja, ele mostra caminhos e opções para chegar à resolução do problema, atuando, também, na consolidação dos aprendizados”, disse.
Consultoria
Segundo o diretor da Fab Lab Manaus, Carlos Junio, que realizou a consultoria técnica para a implantação do laboratório maker, em um primeiro momento serão atendidos os cursos de manufatura aditiva (Eletrônica, Automação Industrial, Eletrotécnica e Mecatrônica), mas a ideia é adaptar alguns outros cursos para uso dos equipamentos e máquinas da sala, agregando tecnologia a esses cursos.
Para ela, a sala agrega e vai ao encontro da metodologia já adotada no Cetam, pois os instrutores já desenvolvem, no planejamento de suas aulas, atividades que busquem instigar os alunos a colocar a “mão na massa”, a observação e o compartilhamento de ideias e resoluções de problemas.
Parcerias
O espaço maker do Cetam contou com a parceria da Fundação Muraki, que viabilizou a aquisição dos equipamentos, por meio do Programa Prioritário de Formação de Recursos Humanos da Capda/Suframa. Esses recursos são oriundos do fundo destinado à Pesquisa e Desenvolvimento (P&DI) da Suframa e foram intermediados pela fundação e disponibilizados ao Cetam.