Reeducandos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciaram, nesta quinta-feira (25/11), serviços de roçagem e limpeza na área externa do Centro de Exames de Direção Veicular (CEDV) do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), localizado no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus.
A ocupação faz parte do programa de ressocialização implantado pela Seap, Trabalhando a Liberdade, cujo objetivo é gerar a mudança de vida dos apenados por meio do trabalho.
O grupo que executa os serviços no local é formado por oito reeducandos do Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2). A estimativa é de que eles finalizem todo o trabalho logo nesta sexta-feira (26/11). Para a realização da frente de trabalho, a Seap contou com o apoio da empresa terceirizada New Life Gestão Prisional.
O secretário executivo adjunto da Seap, coronel André Luiz Barros Gioia, esteve no centro de treinamento acompanhando de perto o desempenho dos apenados.
“A importância desse trabalho é fazer com que eles obtenham a remição de pena, como está previsto na Lei de Execuções Penais, além do embelezamento e segurança que vai trazer para a população que frequenta esse espaço”, declarou o gestor.
O diretor-presidente do Detran do Amazonas, Rodrigo de Sá, também louvou a parceria.
“Vamos utilizar essa mão de obra, que já provou ser muito qualificada em outras parcerias, para revitalizar um pouco do nosso centro de exames veicular. Nesse momento era necessário fazer esses ajustes para que possamos receber melhor nosso candidato, nosso usuário, e atender também as nossas autoescolas. Será um trabalho primordial pelo qual eu agradeço à Seap e ao Governo do Estado, nesse momento de parceria e integração, que é a maior marca da atual gestão”.
Ressocialização
Além de beneficiar a sociedade em geral, a participação dos apenados no programa de ressocialização configura a eles a diminuição de um dia de suas penas a cada três dias trabalhados, previsto na Lei de Execução Penal (LEP), Lei nº 7.210.
Para o reeducando Jaime (nome fictício), de 40 anos, o trabalho também funciona como uma válvula de escape.
“Eu me sinto bem trabalhando, acho melhor do que ficar trancado. Quando estamos aqui não vemos o tempo passar. Quando o serviço é externo é melhor ainda, pois podemos imaginar que não estamos presos. O que eu desejo é continuar trabalhando e dando orgulho para minha família ao longo de todos os dias da minha nova vida”, afirma o interno.