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Por Agência Amazonas
Unidade teve a estrutura afetada pela enchente entre os meses de janeiro e maio. Foto: Lincoln Ferreira e Gabriel Andrade/Seduc-AMO Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, montou uma força-tarefa para recuperar a estrutura da Escola Estadual Coronel Fiuza, localizada no município do Careiro da Várzea (distante 25 quilômetros de Manaus). A unidade de ensino foi atingida pela cheia do rio Solimões. O retorno das atividades 100% presenciais, nesta quarta-feira (08/09), marcou a entrega simbólica da unidade de ensino para a comunidade escolar.
A escola foi atingida pela cheia do rio Solimões entre os meses de janeiro e maio de 2021. Todos os anos a unidade de ensino enfrenta o fenômeno natural. Esse ano, dois fatores foram marcantes: a cheia do rio e a pandemia da Covid-19.
“Enfrentamos inúmeras dificuldades para conseguir manter os nossos filhos estudando. No início, vimos a nossa escola, que é uma das referências na cidade, passar pela enchente e pandemia ao mesmo tempo. Então, vê-la recuperada e completamente preparada para atender nossas crianças é realmente de nos encher de orgulho. Vale ressaltar, ainda, que aqui realizamos uma mão de obra coletiva, com moradores, pais e alunos para auxiliar na limpeza e benfeitorias na escola”, disse a professora e mãe Dianna Aquino.
No município de Careiro da Várzea, das seis escolas, três chegaram a suspender as atividades por conta da enchente.
Unidade teve a estrutura afetada pela enchente entre os meses de janeiro e maio. Foto: Lincoln Ferreira e Gabriel Andrade/Seduc-AMMelhorias
“Passamos por melhorias na estrutura do prédio para conseguir retornar. Hoje, temos mais de 900 alunos matriculados, em 12 salas. Recebemos serviços de manutenção de ares-condicionados, lavagem e pintura de toda a escola para cumprir o retorno às aulas presenciais. Vemos que essa é uma vitória da Educação, pois acredito que só através dela vamos ter um futuro mais digno”, explica a gestora Antônia Almeida.
A estudante Ivia Corrêa, 16, da 1ª série do Ensino Médio, conta como estava ansiosa para retornar às aulas. “A gente já estava há muito tempo sem frequentar a escola. Aqui, estamos acostumados com as cheias, porém, o que passamos neste ano foi muito diferente e chegamos a ver a escola alagada. Isso causou ainda mais ansiedade, pois, por um momento, imaginei que não conseguiríamos retornar de forma totalmente presencial”, enfatizou.
Unidade teve a estrutura afetada pela enchente entre os meses de janeiro e maio. Foto: Lincoln Ferreira e Gabriel Andrade/Seduc-AMBusca Ativa
A professora Vacicleide dos Santos, que leciona na unidade escolar há 8 anos, fala sobre os procedimentos para conseguir reconduzir os alunos às salas de aulas.
“Tivemos uma das maiores enchentes em décadas e isso acabou por nos fazer perder a comunicação com os nossos estudantes. Logo, nós saímos de barco, de canoa, tudo com o intuito de trazer estes alunos de volta. A nossa logística é diferente, sofremos com a força da natureza e, agora, estamos nos reestruturando para dar as melhores condições aos estudantes”, finalizou a professora.
Retorno 100% presencial
As escolas estaduais de 61 municípios do Amazonas retornaram às atividades 100% presenciais nesta quarta-feira (08/09). Com o retorno, as aulas nas 370 unidades do interior passam a ser de segunda a sexta-feira e os alunos deixarão de ser divididos em grupos A e B. Todas as séries e modalidades de ensino retornam à normalidade, com frequência nos cinco dias da semana.
Unidade teve a estrutura afetada pela enchente entre os meses de janeiro e maio. Foto: Lincoln Ferreira e Gabriel Andrade/Seduc-AMProtocolos
Mesmo vacinados, trabalhadores da Educação e estudantes deverão continuar utilizando máscaras durante todo o período dentro das escolas.
Desde o ano passado, as unidades da rede estadual estão adaptadas para que sejam cumpridos os protocolos de segurança em Saúde, definidos pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).