Muitos que estavam no grupo pisaram pela primeira vez no patrimônio histórico. Durante a visita guiada, o grupo pôde conhecer o Hall, Salão de Espetáculos, Saleta de Arquitetura e órgão eletrônico, maquete de Lego do Teatro Amazonas, Salão Nobre e varanda frontal, sala de exposição e camarim de época.
Há 46 minutos
Por Agência Amazonas
Apenados visitam Teatro Amazonas. Foto: Michael Dantas/ SECNa tarde desta terça-feira (03/08), 12 apenados do programa Trabalhando a Liberdade, realizado pelas secretarias de Administração Penitenciária e Cultura e Economia Criativa, visitaram o Teatro Amazonas. O programa realiza serviços de manutenção em espaços culturais, parques e praças administrados pelo Estado.
“Muitas dessas pessoas nunca tiveram a chance de conhecer de perto o Teatro Amazonas, um dos principais pontos turísticos do nosso estado. Quando oferecemos oportunidades como essa estamos ajudando no processo de reintegração desses apenados à sociedade”, ressaltou o titular da SEAP, Coronel Vinícius Almeida.
“Alguns deles haviam falado para nossa equipe que não conheciam o local e, a partir disso, conversamos com os gerentes dos espaços para permitir uma visita. Acreditamos que a arte e a cultura ajudam no processo de ressocialização, além de que é uma oportunidade para que eles conheçam os espaços onde estão trabalhando”, disse o secretário-executivo de Cultura e Economia Criativa, Candido Jeremias.
“Para mim foi fascinante. Desde que comecei a trabalhar no programa, há três meses, muita coisa boa começou a acontecer na minha vida e, agora, tive a chance de conhecer a história desse lugar. Eu nunca tinha entrado aqui. Eu só tenho a agradecer”, disse Roberto*, apenado integrante do programa.
No total, o programa conta com 36 apenados do regime semiaberto e aberto, que se dividem nos espaços da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Nesta quarta e quinta-feira (04 e 05/08), mais dois grupos de 12 apenados visitarão o Teatro Amazonas.
No programa Trabalhando a Liberdade os apenados trabalham em expediente de 8 horas diárias, de segunda a sexta-feira, que ao final será convertido em redução de pena. Todos usam tornozeleira eletrônica, conforme determinado para quem cumpre o regime semiaberto. Em seguida, os integrantes retornam para casa.
Há 7 meses trabalhando no programa, Paulo* comparou a visita a um portal para a arte do passado. “É um lugar com mais de cem anos de história e é tudo impressionante. Agradeço às secretarias por abrir as portas para a gente. Eu ainda não conhecia o Teatro”, declarou.
(*) Foram usados nomes fictícios para preservar a identidade dos apenados