FOTOS: Divulgação/AdafA Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) registrou, em novembro deste ano, em Apuí (a 453 quilômetros de Manaus), a segunda casa agrícola do município autorizada para a revenda de agrotóxicos. A Aboni Agropecuária passa a atuar de forma regular no segmento, além da casa agropecuária Irmãos Galvan.
Há 26 minutos
Por Agência Amazonas
Neste ano, três estabelecimentos já receberam autorização para manuseio de defensivos, no Amazonas e em Rondônia
Segundo o fiscal agropecuário e engenheiro agrônomo da Adaf, Hélio Matos, o registro obtido pela casa agropecuária inibe o contrabando e a revenda ilegal de defensivos de origem desconhecida, prática que pode prejudicar o meio ambiente e comprometer a saúde dos consumidores.
Neste ano, três estabelecimentos já receberam registro do tipo, com a inclusão da prestadora de serviços Aero Agrícola Céu Azul, sediada no estado de Rondônia. Em 2020, a Mustang Agropecuária também obteve o certificado junto ao órgão.
Para obter o registro junto à Adaf, os estabelecimentos precisam receber um Laudo de Vistoria em Revendas, documento emitido após inspeção presencial feita por um fiscal da autarquia, sediado no município. Nessa visita, o profissional verifica as condições de armazenagem dos produtos, procedimento repetido três vezes ao ano para garantir o cumprimento da legislação, depois que as revendas entram em operação.
“O registro evita a venda ilegal de agrotóxico e o contrabando. Em Goiás, por exemplo, há pouco tempo, uma fábrica ilegal de agrotóxicos foi descoberta, e o produto não funcionava. O preço era atrativo, mas não controlava a praga e ainda colocava em risco a saúde humana”, destacou.
Casas agropecuárias destinadas à comercialização de agrotóxicos e prestadoras de serviços que atuam na aplicação de defensivos agrícolas compõem o foco dos registros emitidos pela Adaf para prevenir a manipulação e venda de insumos do tipo, em desacordo com os padrões sanitários exigidos pela Lei nº 3.803, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre a produção, o transporte e a comercialização de agrotóxicos e componentes afins, no Amazonas.
Em todo o Amazonas, 15 estabelecimentos, entre casas agropecuárias, prestadoras de serviços e postos de recebimento de embalagens vazias e com resíduos de agrotóxicos estão registradas junto à Adaf.
“A localização geográfica do município é muito promissora para agricultura. O sul do Amazonas está em constante crescimento, e o uso de defensivos agrícolas ajuda os agricultores a otimizar a produção e gerar renda para suas famílias. Por isso, nossa empresa buscou comercializar defensivos agrícolas certificados e orientados por profissionais capacitados”, destacou.
Diversificação – Proprietário da casa agropecuária certificada, Aboni Alencar Neto, afirma que a busca pela certificação da empresa teve como objetivo diversificar os produtos ofertados no ramo agropecuário.
Apreensão – Município que se destaca pelas pastagens e pela produção de café, milho e soja, Apuí registrou, em agosto deste ano, a apreensão de 300 litros de agrotóxico sem receituário agronômico. O carregamento de herbicida Triclon foi interceptado pela fiscalização da Adaf, na Barreira de Fiscalização Agropecuária (BVA) Apuí-Sucunduri e seria usado em pastagens e na lavoura de culturas como milho, arroz e soja.
Neto afirma ainda que a certificação inibe o comércio ilegal de defensivos agrícolas em Apuí e contribui para uma segurança maior na armazenagem de produtos perigosos.
A carga dividia espaço com animais vivos, em um caminhão, o que vai de encontro ao Decreto Estadual nº 36.107/2015, que obriga a comercialização de insumos do tipo de forma direta aos usuários e mediante a apresentação de receituário agronômico prescrito por um profissional credenciado.