O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) cobrou nesta quinta-feira, 16, em Sessão Ordinária virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), mais celeridade do Governo do Amazonas para a entrega do hospital de campanha da Nilton Lins, que irá servir para atendimentos de pacientes contaminados pelo novo coronavírus (Covid-19) no Estado. O parlamentar criticou a indefinição por parte do Executivo para estipular a data da inauguração da estrutura e que a demora está custando vidas do povo amazonense por conta da pandemia.
Em seu discurso, Wilker questionou a atual gestão pelo atraso na entrega do hospital, anunciado como unidade de campanha pelo Executivo no dia 2 de abril. O deputado comparou o tempo de espera da unidade no Amazonas com o hospital de campanha de São Paulo, construído no estádio do Pacaembu em apenas 15 dias.
“Eu queria saber qual é a dificuldade de colocar o hospital Nilton Lins para funcionar, um hospital anunciado que estaria pronto em dez dias. O que mais me assusta é que o hospital de campanha de São Paulo, construído dentro do Pacaembu, no chão, que subiu do zero e terminou em 15 dias, e aqui não tem data estipulada para a entrega da unidade. Faço um apelo para que o governo tenha mais celeridade porque não é possível ser lento no meio da pandemia”, explicou Barreto.
O parlamentar aproveitou, também, para comentar a decisão do juiz de direito Cezar Luiz Bandiera de suspender, na última quarta-feira, 15, o contrato de aluguel do Hospital Nilton Lins, firmado pelo Governo no valor de R$ 2,6 milhões por três meses. “Se o hospital estivesse funcionando, o juiz não iria cancelar o contrato de aluguel. Ele deu a sentença porque é inadmissível o governo anunciar a entrega no dia 6 de abril, e a secretária de saúde vem e diz que não tem prazo para entrega. Isso é brincar com as vidas da sociedade amazonense”, disparou Wilker.
O parlamentar ainda comentou sobre a escolha do Executivo em optar por alugar o hospital Nilton Lins do que utilizar entidades filantrópicas e sem fins lucrativos no Estado. “A lei 8080 do Sistema Único de Saúde é clara, a preferência é utilizar espaços de entidades filantrópicas e sem fins lucrativos. Qual é a justificativa de alugar uma estrutura privada e não colocar o Hospital Beneficente Portuguesa para funcionar, o Hospital Getúlio Vargas está todo reformado e pronto para ser usado, temos apenas 25% dos 200 leitos do Delphina funcionando. Esse governo precisa tomar a decisão correta”, afirmou Wilker.
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