O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) cobrou nesta terça-feira (12), em Sessão virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), explicações do Governo do Estado sobre a contratação da Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), envolvida em suposto esquema de corrupção no Rio de Janeiro, para atuar em contratos de gestão na saúde do Amazonas. Além disso, o parlamentar questionou a habilitação da OS pelo Executivo, dezesseis dias depois do Governo negar a autorização no Diário Oficial do Estado (DOE).
De acordo com a publicação no DOE, o governador Wilson Lima (PSC) assinou, no último dia 29 de abril, a autorização para o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para oferecer serviços de saúde no Amazonas. Porém, no dia 13 de abril, o próprio Executivo rejeitou a oferta da OS, juntamente com outras três organizações.
“É assombroso como este Governo brinca com o povo amazonense. Habilitaram uma Organização Social envolvida em desvio de R$ 836 milhões no Rio de Janeiro para cuidar da saúde no Estado. Pior, o governo desqualificou o Iabas no dia 13 de abril, mas habilitaram de novo no dia 29 de abril. Tudo na calada e isso é muito grave e perigoso”, alertou Barreto.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde está sendo investigado como suspeita de receber quase R$ 836 milhões do Governo do Rio de Janeiro em contratos emergenciais, com dispensa de licitação, para o combate da Covid-19. Quatro pessoas foram presas por suspeita de terem obtido vantagens em compras emergenciais para pacientes da Covid-19 no Estado, entre elas, está o ex-secretário de saúde do RJ, Gabriel Neves, responsável pela montagem de hospitais de campanha feitas pela Organização Social.
Impeachment
Em Sessão tumultuada pelos deputados da base do governo na Aleam, Wilker criticou o comportamento dos aliados do Executivo, que impediram o presidente da Casa, deputado Josué Neto (PRTB), a prosseguir com o processo de impeachment do governador Wilson Lima e do seu vice, Carlos Almeida (PRTB). Após muito bate-boca e discussões, Neto adiou o início da tramitação do processo.
“Ficou configurado uma manobra do Governo para evitar que o processo tenha início na Casa. Em nenhum momento, os deputados da base deixaram o presidente Josué Neto mediar a Sessão, toda hora falavam, gritavam e interrompiam. É inadmissível, o impeachment é uma vontade do povo amazonense”, finalizou o deputado.
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Foto: Danilo Mello / Aleam