O deputado Sinésio Campos (PT) fez um relato sobre a visita técnica e de fiscalização, na tarde desta terça-feira (14), às obras de reforma do Hospital Pronto-socorro João Lúcio Pereira Machado para verificar os serviços que estão sendo executados e se estão compatíveis com o valor que está sendo destinado pelo Governo do Estado à reforma. O relato foi feito na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), realizada na manhã desta quarta-feira (15).
Logo no início do pronunciamento o deputado disse ter ficado estarrecido com o estado de precariedade do João Lúcio que não passa por reforma há 13 anos. “Isso representa três mandatos de governadores do Amazonas que nada fizeram pela unidade. No local só não aconteceu ainda uma tragédia por benevolência de Deus. Porque as instalações elétricas são uma bomba-relógio”, ressalta.
A visita técnica foi agendada pela Aleam, por sugestão do deputado Sinésio Campos, após denúncia do deputado Dermilson Chagas (Podemos) de que o valor apresentado pelo Governo do Estado, por meio da executora da obra, Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana (Seinfra), estaria superfaturado. “Se houver conduta ilícita que seja apurado com rigor. Mas na condição de morador da Zona Leste, há 35 anos, sei da importância do João Lúcio para a população. Por isso defendo que as obras não podem ser paralisadas. Do contrário será o hospital que terá de parar por falta de estrutura de funcionamento”, explica.
Além do deputado Sinésio Campos, participaram da visita de fiscalização o deputado Dermilson Chagas (Podemos), o secretário de estado de Infraestrutura, Carlos Henrique Lima, e o diretor presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Juliano Medeiros, o diretor do João Lúcio, Sílvio Romano e representantes da empresa RR Construções, contratada para a execução da obra.
O principal alerta do deputado Sinésio Campos foi sobre a precariedade da subestação de energia e das instalações elétricas que estão em condições críticas. O sistema elétrico da unidade está sobrecarregado e fora dos padrões técnicos normativos e de engenharia, sem o devido dimensionamento para atendimento das cargas elétricas existentes e futuras.
Outros pontos são a quantidade de lixo (papelão) empilhados no último andar, os elevadores estão sem condições técnicas e de segurança para o funcionamento e, sobretudo, a estação de tratamento de esgoto, que tem vazão de até 240 m³/dia, mas não funciona há 13 anos. Na unidade a água é utilizada na esterilização do material empregado nos mais de mil exames laboratoriais feitos por dia. Os efluentes hospitalares incluem ainda a água da lavagem de materiais contaminados, dejetos de limpeza de superfícies e pisos juntamente com produtos desinfetantes, água das caldeiras, os resíduos de procedimentos cirúrgicos, dos ambulatórios, laboratórios de análises, entre outros. “Para se ter uma ideia, por mês passam pela unidade 8,7 mil pacientes, em média, com um fluxo diário de mais de 850 funcionários e 660 visitantes. Portanto, o aumento da demanda ao longo dos anos exige o redimensionamento da estrutura física do hospital. O dever do legislativo e de acompanhar e fiscalizar, por isso vim ver pessoalmente a situação do João Lúcio que não pode faltar à população”, concluiu.
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