O deputado Sinésio Campos (PT) defendeu a necessidade de investimentos para estruturação e modernização das unidades de saúde do Estado e de atendimentos especializados, a exemplo da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT) e, sobretudo, a Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta, que desenvolve o tratamento de doenças como a hanseníase.
A defesa foi apresentada durante pronunciamento na Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na manhã desta quarta-feira (12), ao anunciar a realização da Sessão Especial em alusão ao Dia Mundial Contra a Hanseníase, na próxima segunda-feira (17), no plenário da Aleam.
A Sessão Especial terá a participação de autoridades e representantes do Governo do Estado, Prefeitura de Manaus, Fundação Alfredo da Mata e demais entidades públicas e civis.
O parlamentar ressaltou que a proposta tem como objetivo o combate ao preconceito social contra os portadores da doença e à hanseníase no Estado. “Defendemos a realização no País de investimento e estruturação em uma campanha permanente para erradicação da hanseníase. O mais triste é o preconceito e o isolamento social que ainda perduram, por falta de informações por parte da sociedade”, explicou.
Conforme dados da Fundação Alfredo da Matta (Fuam), foram detectados 411 casos novos de Hanseníase em 2018 no Amazonas. Os números diminuíram em comparação com 2017, quando foram detectados 459 novos casos.
O deputado também destacou a aprovação na Aleam do Projeto de Lei, de sua autoria, em fevereiro de 2019, que instituiu no Amazonas a Semana de Prevenção e Combate ao preconceito da Hanseníase, que acontece em abril.
Para Sinésio um dos maiores entraves é a demora no diagnóstico e o tratamento inadequado da doença que podem resultar em graves incapacidades físicas. Daí a necessidade de divulgação dos sintomas básicos, que são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e/ou inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos.
De acordo com o dermatologista Egon Daxbacher, “apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. O período em que a bactéria fica escondida ou adormecida no organismo é prolongado, e pode variar de dois a sete anos”, explica.
O atendimento da hanseníase compreende equipe multiprofissional, tendo o médico dermatologista um importante papel no diagnóstico, envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc.
A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que as pessoas procurem uma Unidade Básica de Saúde assim que perceberem alguma mancha ou caroço no corpo do paciente, podendo fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos. Uma dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um paciente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família para verificar e evitar contágio.
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