O deputado Sinésio Campos (PT), diante do avanço dos casos da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, nos municípios do Amazonas, cujos índices já superam os números da Capital, voltou a cobrar em tom de alerta, a necessidade de os Governos Estadual e Federal intensificarem ações emergenciais para que os hospitais sejam dotados de infraestrutura, com UTIs, medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o pagamento do Auxílio Emergencial à população, incluindo ribeirinhos e pescadores e, sobretudo, a construção de hospitais de campanha nos municípios. O alerta foi manifestado durante Sessão virtual realizada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quarta-feira (20).
A cobrança está respaldada em boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), divulgado na terça-feira (19), que acusa que o número de casos do novo coronavírus nos municípios do interior do Amazonas superaram, pela primeira vez, os registros de Manaus. Ao todo, o estado registra 22.132 casos de Covid-19, com 1.491mortes. De acordo com o boletim, dos 22.132 casos confirmados no Amazonas. 11.051 são de Manaus (49,93%) e 11.081 do interior do estado (50,07%).
Os municípios do interior registram, agora, 30 casos a mais do que a capital. A situação do avanço da doença para o interior preocupa já que nessas cidades não há UTI para tratamento da doença. Em algumas cidades do interior, há unidades de cuidados intermediários, mas são apenas 70 leitos no total e nenhum de alta complexidade. Assim, todos os pacientes mais graves precisam ser transferidos para Manaus. Das 62 cidades do Amazonas, 59 têm casos confirmados da doença.
O parlamentar enfatizou que vem insistindo há tempos sobre a necessidade de por parte dos governos para intensificar as ações de combate à pandemia da Covid-19 e para dotar os hospitais com infraestrutura para o tratamento dos pacientes infectados tanto na Capital quanto nos municípios do Amazonas, evitando dessa que mais pessoas venham ao obtido diante do estrangulamento dos Sistema de Saúde dem Manaus.
“A pandemia é uma realidade. Não adianta esta Casa aprovar estado de calamidade pública e outras medidas de apoio ao Estado, se as providencias não são tomadas de forma célere. Muitas pessoas ainda aguardam para conseguirem leitos nas UTIs. Depois que ocorre comprometimento dos pulmões a prescrição é o cemitério do Tarumã. Portanto, os municípios precisam estar estruturados para acabar diferença histórica entre os primos pobres e os ricos. A Capital tem tudo, os municípios nem UTIs. Quando alertei que no Amazonas já há mais de 200 mil infectados, muitos disseram ser exagero e sensacionalismo. Mas os números estão gritando mais alto”, disse Sinésio.
Desta forma, o deputado afirmou que vai continuar apresentando propostas para que os municípios recebam tratamento justo pelos Governos Estadual e Federal em relação a estrutura e ações para o combate à pandemia e de assistência social e econômica. Nesta quarta-feira, o parlamentar voltou a protocolizar requerimentos à Mesa Diretora da Aleam para encaminhamento de indicação aos governos (Estadual e Federal) sugerindo medidas emergenciais.
As principais indicações foram direcionadas ao Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, objetivando medidas urgentes para a criação de hospitais de campanha para auxiliar no combate à Covid-19, em atendimento à população das comunidades da região do Juruá, no âmbito do município de Carauari; região do Médio Solimões, em Manacapuru; comunidades da região do Purus, no município de Lábrea; comunidades da região do Triângulo, no município de Tefé; e, região do Rio Madeira, em Manicoré.
Sinésio Campos argumenta que provavelmente mais pessoas ficarão doentes, já que ainda não há anticorpos para essa doença, e certamente o sistema de saúde desses locais não conseguirá dar conta da demanda de pacientes, tendo em vista que os números de infectados só aumentam. “Vale ressaltar que a implantação dos hospitais de campanha nos municípios será altamente relevante para minimizar os impactos da Covid-19, a fim de reduzir curva epidêmica do Estado do Amazonas que se encontra em ascensão e o iminente colapso do sistema público de saúde pode e deve ser evitado a partir de ações concretas”.
Casos nos municípios
Os maiores índices estão em Manacapuru, que está à frente com 1.540 casos. Seguida de Tefé, com 847; Coari 750; Parintins 706; Tabatinga 549; Santo Antônio do Içá 469); Itacoatiara 421; Careiro Castanho 415; São Gabriel da Cachoeira 397; Rio Preto da Eva (352); Iranduba 347; Maués 304; São Paulo de Olivença 303; Autazes 300; Presidente Figueiredo 263; Benjamin Constant 232; Boca do Acre 220; Tapauá 175; Amaturá 174; Itapiranga 169; Carauari 158; Anori 150; Barcelos 131; Borba 127; Tonantins 122; Fonte Boa 117; Barreirinha 111; Beruri 108; Urucará 107; Silves 81; Manaquiri 80; Novo Airão 73; Anamã 66; Novo Aripuanã 63; Maraã 59; Jutaí 58; Nova Olinda do Norte 56; Boa Vista do Ramos 44; Caapiranga 43; Eirunepé 43; Careiro da Várzea 41; Urucurituba 39; Lábrea 34; Manicoré 31; Nhamundá 31; Canutama 25; Humaitá 25; Codajás 21; Apuí 19; São Sebastião do Uatumã 18; Alvarães 16; Guajará 12; Japurá 11; Santa Isabel do Rio Negro 7; Uarini 7; Pauini 5; Atalaia do Norte 4; Juruá 3; e, Itamarati 2.
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