O deputado Sinésio Campos (PT) apresentou proposta, na forma de requerimento, para que seja encaminhada indicação ao Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, objetivando medidas urgentes para a construção de dois hospitais de campanha para auxiliar no combate à Covid-19, com abrangência nas comunidades indígenas do alto Solimões e alto Rio Negro.
As unidades deverão ser construídas nos municípios de Tabatinga (distante 1.106 km de Manaus em linha reta) e São Gabriel da Cachoeira (distante 853 km da Capital em linha reta). A proposta foi protocolizada à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na Manhã desta quinta-feira (7).
O deputado afirma ser necessária a implementação de medidas urgentes devido a exposição das diversas etnias que habitam o estado do Amazonas, e que o modo de vida comunitário que caracteriza os povos indígenas pode facilitar uma rápida propagação da Covid-19 na região, caso não haja controle na profusão de contaminação e a prevenção apropriada que assegurem a saúde e a vida dos povos indígenas. “Caso essa ação não seja imediata para a instalação de hospitais, para o atendimento das pessoas infectadas, a doença vai avançar e dizimar boa parte de etnias indígenas, por se tratar de pessoas mais vulneráveis à doenças transmitidas por vírus como a gripe”, afirmou.
Sinésio Campos voltou a alertar sobre o fato de esses municípios estarem em região de fronteiras, contudo os territórios indígenas ultrapassam esses limites. Isso significa que a mesma etnia ocupa terras do Brasil e de outros países como Colômbia e Peru. Diante disso, os governos Estadual e Federal podem utilizar as estruturas que o Exército Brasileiro já mantém nas regiões de fronteiras para a instalação dos hospitais.
O parlamentar informou que o prefeito, de origem indígena, de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis Moreira Saldanha (PT), contraiu a Covid-19 e teve de ser transportado com urgência para Manaus. Além disso, o deputado afirmou que a recomendação para a construção dos hospitais vai ajudar a aliviar a pressão sobre as demais unidades da rede estadual, com abrangência nas comunidades do Alto Solimões e Alto Rio Negro. “A providência também é um pedido das populações indígenas. O que comprova a existência de demanda que justifica tais obras”, ponderou.
Sinésio Campos também ressalta que a construção dos hospitais seja fundamental para minimizar os impactos da Covid-19, a fim de reduzir a curva epidêmica do Estado que se encontra em ascensão e o iminente colapso, do sistema público de saúde, pode e deve ser evitado a partir de ações concretas. “A superlotação dos pronto-atendimentos, das salas de espera e corredores das salas de emergência, associada às elevadas taxas de ocupação dos leitos de observação, leitos de cuidados semi-intensivos e intensivos é um problema conhecido e amplamente discutido pelos gerentes, gestores e profissionais de saúde. Mas parece que somente agora os governos estão sentindo a necessidade de ações para ampliar e humanizar o sistema de saúde no país”, criticou.
O último boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), emitido na quarta-feira (6) de maio, são 9.243 casos confirmados, 404 pacientes internados, 751 óbitos confirmados e 2.286 recuperados.
Por último, o deputado considera que a constituição das unidades de saúde, nessas regiões, será um avanço e sensibilização das equipes multidisciplinares para um novo modelo de gestão. “A reorganização administrativo-gerencial permitirá a definição de objetivos, metas e compromissos pactuados publicamente com a direção do hospital, aplicando os conceitos contemplados na Política Nacional de Atendimento as Urgências e pela Política Nacional de Humanização”, finalizou.
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