O deputado Serafim Corrêa (PSB) comemorou, nesta terça-feira (22), o anúncio da pavimentação de 52 quilômetros da BR-319 em 2021, pelo ministério da Infraestrutura e disse que depois de muitos imbróglios, pela primeira vez, a pauta caminha para uma solução.
“O grande receio dos ambientalistas era que aberta a estrada houvesse o fenômeno “espinha de peixe”, ou seja, vicinais à esquerda e à direita e com isso alargasse as áreas de devastação, queimadas, de ocupações irregulares e grilagem. Esse é um aspecto. Outro aspecto diz respeito à sustentabilidade. As passagens pela estrada, por cima ou por baixo da estrada para permitir com que os animais passassem de um lado para outro”, lembrou o deputado.
Serafim afirmou que o principal desentendimento para andamento no processo de recuperação da estrada era entre o ministério dos Transportes e o ministério do Meio Ambiente, que levou anos para um entendimento.
“Agora, vejo sensibilidade no ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, no sentido de que ele pretende fazer da BR-319 um exemplo de estrada sustentável. Uma espécie de estrada parque. Essa estrada teria proteção para os animais. Teria passarelas para que os animais atravessem de um lado para o outro da pista. Peço que essa ação seja coroada e possamos superar esse momento”, defendeu.
O parlamentar ainda disse que nos anos 1980, era possível trafegar pela BR-319, mas por falta de manutenção a estrada, aos poucos, foi abandonada. Em 1988, interditada.
“Nos anos 1980 fui a várias vezes a Humaitá fazer inspeções no carro da Receita Federal. A estrada era um tapete. Fluía naturalmente, sem maiores dificuldades, mas foi sendo abandonada por falta de manutenção, por falta de conservação. Em 1987 ela foi interditada e hoje ela dá tráfego apenas no período não chuvoso”, lembrou.
O líder do PSB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) explicou que o custo, hoje, para manutenção da BR-319 é de R$ 100 milhões, que acaba tendo que ser refeito a cada ano devido a destruição de trechos com o peso de carretas que trafegam pela estrada no período chuvoso.
“E a cada ano o estado brasileiro gasta R$ 100 milhões anuais na manutenção. Como não tem balança, a recuperação que é feita num período, as carretas com 40 e 50 toneladas acabam destruindo no outro. Creio que estamos chegando a um bom senso e equilíbrio”, finalizou.
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