O Governo do Estado, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), iniciou nesta semana as demolições das residências localizadas no trecho entre a avenida Leonardo Malcher e rua Parintins, no bairro Cachoeirinha, zona sul, área de intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). Nesse local está localizado o leito do Igarapé Mestre Chico, que teve suas margens ocupadas desordenadamente, contribuindo para o assoreamento e o acúmulo de lixo na sua margem.
A intervenção compreenderá a revitalização de uma área de 15.742,46m², com proposta urbanística para uma área de aproximadamente 3.352m², onde serão construídos seis praças, academias ao ar livre, quadras multiuso, playground equipados com escorregadores, entre outros aparelhos. A obra também irá construir mais de 3.000m² de calçadas devidamente pavimentadas, drenagem profunda e superficial, assim como redes de coleta de esgoto e iluminação de LED.
A equipe do setor social do Prosamim já realizou os cadastros das residências e das famílias que moravam na área de intervenção, sendo identificadas 175 famílias que residem na região da avenida Leonardo Malcher e rua Parintins. Essas famílias começaram a receber suas indenizações para, posteriormente, desocuparem seus imóveis. O Prosamim já demoliu 33 imóveis na área e avança na retirada dos imóveis restantes para o início das obras.
“As famílias que ali residem irão ser retiradas daquelas condições, pois sofriam com as alagações devido à subida do nível do Rio Negro, que ocorre todos os anos, como as bacias do São Raimundo, Educandos e do Igarapé do 40. A subida das águas do Igarapé Mestre Chico se dá devido ao fluxo das chuvas, quesomados ao assoreamento e ao acúmulo de lixo no canal, alaga e traz perigos a essas famílias”, explicou a subcoordenadora do setor social do Prosamim, Viviane Dutra.
O coordenador executivo da UGPE, Marcellus Campêlo, destacou que esse trabalho estava pendente há mais de dez anos e que, após a conclusão dos estudos e do projeto da intervenção no ano passado, conforme o planejamento da atual gestão, foram retomados os cadastros para início das obras.
“O Prosamim iniciou suas intervenções há pelo menos 13 anos e, ao longo do programa, ocorreu uma série de alterações relacionadas a mudanças de governo e de prioridades, sem contar que durante esse tempo tivemos que enfrentar duas grandes cheias do Rio Negro, ocorridas em 2009 e 2012, que trouxeram uma característica emergencial para várias zonas da cidade, fazendo com que outras áreas fossem priorizadas”, afirmou.