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Por Sandra Siqueira Equipe Ascom Ufam
A Pró-reitoria de Extensão (Proext) lança campanha de arrecadação de livros para instalar Salas de Leitura em comunidades indígenas do Amazonas. São aceitas obras atuais e de interesse geral, de literatura e livros publicados ou relativos à questão indígena.
A partir do início do primeiro período letivo de 2020 (9 de março) até o dia 30 de abril, das 8h às 12h e das 14h às 17h, o Departamento de Políticas Afirmativas da Proext (DPA) estará recebendo as doações da comunidade acadêmica. A iniciativa tem o apoio do “Programa Pé de Vento” vinculado ao DPA, coordenado pela professora Claudia Guerra. “A comunidade universitária está convidada a contribuir com o acervo da sala de leitura, por meio da doação de livros usados ou não”, disse a professora. “É necessário que os livros estejam em bom estado de conservação e sejam atrativos: obras atuais e de interesse geral, livros de literatura e livros publicados ou relativos à questão indígena”, orienta a diretora do DPA.
De acordo com o professor Guilherme Pereira, responsável pela iniciativa, as obras deverão ser voltadas para as questões: literaturas indígenas, revisão da historiográfica brasileira, histórias contadas (de preferência por indígenas) e etc, podem ser em português ou na língua nativa (indígena). “O foco será a cultura indígena, porém, não exclusivamente, pois a sala de leitura atenderá ao público em geral”, informa o professor.
Inicialmente será montada uma “Sala de Leitura” na Aldeia Gavião Real 1 na Comunidade do Livramento as margens do rio Anebá no município de Silves, a 203 km de Manaus. A previsão é que a sala seja instalada no final de maio.
O objetivo será implantar mais cinco salas em outras aldeias ao longo do rio Anebá: “Gavião Real 2”, “Santo Antonio”, “Vila Barbosa”, “Curuar” e “Salwim”. “Há um ano, a Proext vem coordenando um curso de saúde na aldeia Gavião Real 1 e o cacique Jonas Reis de Castro apresentou várias demandas para a aldeia e a sala de leitura foi uma delas. Eles apresentaram essa demanda de livros sobre a cultura e realidade deles porque faltam incentivos além da escola formal. Precisam de outros espaços de lazer, cultura e entretenimento”, declarou o professor Guilherme Pereira. “São umas 800 pessoas, somadas as seis aldeias. Esperamos receber um quantitativo razoável para atender a demanda. Se necessário faremos uma segunda edição da campanha”, finalizou.