Os servidores públicos das áreas da saúde, educação e segurança pública tiveram destaque quando ocuparam a galeria do plenário Ruy Araújo durante a Sessão Plenária desta quinta-feira (13) para reivindicar contra medidas do governo do Estado. Uma Cessão de Tempo deu voz a cada representante das categorias para expor as insatisfações das classes e também pedir intermédio dos parlamentares para serem recebidos pelo Governador.
Aproveitando a presença dos servidores, deputados de oposição criticaram a dispensa de licitação para a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no valor de R$ 6 milhões para a elaboração de um estudo sobre a folha de pessoal, solicitado pelo Governo do Amazonas, afirmando que o mesmo estudo poderia ser feito pelos servidores da Secretaria de Estado de Administração (SEAD) e o montante poderia ser investido em saúde e segurança pública, áreas em colapso, de acordo com o parlamentar.
Também foi alvo de debate a lei de congelamento de salários. Segundo a oposição, a lei é inconstitucional, ressaltando que o pedido de revogação do congelamento deve partir da Assembleia. Na Cessão de Tempo aos servidores do estado, o presidente da Associação dos Praças do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, representou os policiais militares, lamentando que todos os anos a classe tenha de fazer ameaças de greve para receber direitos como auxílio fardamento e promoções, por exemplo. Lambert Mello falou em nome do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Amazonas e da Associação dos professores de Manaus (Asprom), criticando a mudança na forma de pagamento do vale-alimentação dos servidores da educação para cartão magnético.
A presidente da Associação dos Vigias, Auxiliares Técnicos, Merendeiras, Serviços Gerais e Técnicos Administrativos do Amazonas, Eliana Guedes, alegou a inviabilidade de uso do cartão pelos professores que atuam em áreas ribeirinhas e não vão poder usufruir do benefício. A presidente do Sindicato dos profissionais da Saúde do Amazonas (Sindsaude-AM), Cledinir Francisca, tratou da mudança do calendário de pagamento dos servidores, que acarreta juros e multa no pagamento das contas, com o atraso do pagamento dos salários dos servidores. Já o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Viana, reclamou da substituição de uma cooperativa médica com mais de 20 anos de experiência em saúde pública, em uma troca que ele classificou como ‘obscura’. Por fim, o presidente do Sindicato dos Agentes de Endemias (Sindagente), Lourival Pereira, falou em nome dos servidores públicos lamentando o aumento da alíquota previdenciária em 3% que deve vigorar a partir de março de 2020, como mais uma perda, além das perdas acumuladas sem reajustes ao longo dos anos.
Diretoria de Comunicação da Aleam
Texto: Fernanda Barroso
Foto: Rubilar Santos