Na tarde desta quinta-feira (03/06), equipes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) deflagraram uma ação policial que culminou nas prisões de Thiago Monteiro da Silva, de 35 anos, conhecido como “Thiago Mineiro”, e da companheira dele, Stheffany Barbosa Vasconcelos, 27, em cumprimento a mandados de prisão temporária. O casal é responsável por administrar as finanças e distribuir drogas comercializadas por uma organização criminosa atuante no estado.
A ação foi coordenada pela delegada-geral Emília Ferraz, pelo delegado-geral adjunto, Tarson Yuri Soares, e pelos delegados Rafael Allemand e Marna de Miranda, diretor e diretora-adjunta, respectivamente, do DRCO.
Conforme o delegado Rafael Allemand, do DRCO, “Thiago Mineiro” é apontado como o maior distribuidor de drogas e um dos líderes de uma facção criminosa que atua no estado. Segundo investigações, o infrator era o responsável pela administração financeira e organizacional do grupo. Além disso, era Thiago quem estabelecia contato com os fornecedores dos materiais ilícitos, oriundos de países como a Colômbia e Peru.
O diretor do DRCO explicou que o estilo de vida de Thiago era diferente dos demais integrantes de organizações criminosas. “O infrator não costumava sair em público e tinha uma vida aparentemente normal. No entanto, diligências indicam que ele possuía uma visão de negócios muito acima da média, o que lhe permitia obter a posição hierárquica dentro da facção a qual pertencia”, disse Allemand.
A diretora-adjunta destacou que Thiago e Stheffany realizavam transações financeiras ilícitas, com o intuito de lavar dinheiro proveniente da venda de drogas. “Durante as investigações, nós constatamos que o casal possuía um padrão de vida incompatível com a renda que os dois alegaram receber. Só em Fortaleza, Stheffany possuía um imóvel avaliado em mais de R$ 700 mil”, disse a delegada Marna.
Marna de Miranda destacou, ainda, que o casal era dono de outras propriedades nas regiões Nordeste e Sul do país. Além do mais, em depoimento, Stheffany relatou que recebia um salário de R$ 7 mil, quase o mesmo valor que o casal desembolsava no aluguel de uma mansão em Manaus.
Rafael Allemand informou também que, no decorrer das investigações, foi constatado que uma embarcação era, possivelmente, utilizada pelo casal para o transporte de drogas. Diligências apontam que a embarcação era controlada por Thiago, apesar de estar documentada no nome de um familiar do infrator, para que suspeitas não fossem levantadas.
Para o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, a operação realizada pelas equipes do DRCO representa um revés para o crime organizado no estado. “A implacável ação dos policiais civis demonstra não só o empenho da instituição em sufocar estruturas de grupos criminosos, bem como retira do convívio social um infrator com alta capacidade de articulação e planejamento”, afirmou Tarson Yuri Soares.
Prisões – Stheffany foi presa na embarcação, de propriedade do Thiago, que estava atracada no Porto do Roadway, no bairro Centro, na zona sul de Manaus. Já Thiago foi preso em um condomínio de luxo, no bairro Tarumã, na zona oeste da capital.
Busca e apreensão – Durante a ação policial, além das prisões, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Na ocasião, foram apreendidos dois veículos, celulares, documentos, joias e dinheiro.
Procedimentos – O casal foi indiciado por organização criminosa. Após os procedimentos cabíveis, eles serão encaminhados para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde deverão passar por audiência de custódia, a ser realizada por meio de videoconferência.