Na última sexta-feira (16/10), por volta das 17h30, policiais civis da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Manacapuru (distante 68 quilômetros em linha reta da capital), sob a coordenação da delegada Roberta Merly, titular da unidade policial, apreendeu, em flagrante, um adolescente de 16 anos, por ato infracional análogo ao crime de extorsão. A apreensão ocorreu no bairro da Liberdade, naquele município.
Conforme a delegada Roberta Merly, a extorsão começou quando o infrator inventou, para o colega, um jovem um colega de 19 anos, que devia dinheiro à um traficante, e caso ele não o pagasse, a filha do adolescente, uma bebê de três meses, seria morta. Na ocasião, o jovem, com receio do que poderia acontecer com a criança, emprestou R$ 500 ao adolescente para que ele quitasse a dívida.
De acordo com a titular, por conta da facilidade da primeira extorsão, o menor de idade usou a figura do traficante para intimidar e ameaçar a vítima. “O adolescente confessou o crime e nos relatou que passou a mandar áudios e mensagens ao colega, dizendo que o traficante, para o qual ele alegava trabalhar, estava exigindo mais dinheiro e caso os valores solicitados não fossem repassados, a vítima seria morta”, explicou a titular.
Ainda segundo a autoridade policial, a vítima foi extorquida cinco vezes, e no total entregou ao adolescente cerca de R$ 5 mil, e quando não tinha mais dinheiro para dar ao infrator, ela procurou a delegacia, na tarde da data mencionada, para realizar a denúncia sobre o ocorrido.
“Enquanto a vítima registrava o Boletim de Ocorrência (BO), ela recebeu mensagens do menor de idade, momento que acionamos a equipe de investigação, marcamos um encontro com o infrator e nos deslocamos até o local marcado. No endereço, encontramos ele em posse do aparelho utilizado para praticar as ameaças e intimidações, e demos a voz de prisão em flagrante”, finalizou a delegada.
Procedimentos – O adolescente irá responder por ato infracional análogo ao crime de extorsão. Após os procedimentos cabíveis, ele permanece apreendido na delegacia, aguardando a decisão de liberação ou internação do Ministério Público.